PORTUCÁLIA

Setembro 17 2013

EVANGELHO QUOTIDIANO

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68


Terça-feira, dia 17 de Setembro de 2013

Terça-feira da 24ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : S. Roberto Belarmino, bispo, Doutor da Igreja, +1621, Santa Hildegarda, monja, +1179 

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Santo Agostinho : «Jovem, Eu te ordeno: Levanta-te!» 

1ª Carta a Timóteo 3,1-13.

Caríssimo: É digna de fé esta palavra: se alguém aspira ao episcopado, deseja um excelente ofício. 
Mas é necessário que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher, sóbrio, ponderado, de bons costumes, hospitaleiro, capaz de ensinar; 
que não seja dado ao vinho, nem violento, mas condescendente, pacífico, desinteressado; 
que governe bem a própria casa, mantendo os filhos submissos, com toda a dignidade. 
Pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará ele da igreja de Deus? 
Que não seja neófito, para que não se ensoberbeça e caia na mesma condenação do diabo. 
Mas é necessário também que ele goze de boa reputação entre os de fora, para não cair no descrédito e nas ciladas do diabo. 
Do mesmo modo, os diáconos sejam pessoas dignas, sem duplicidade, não inclinados ao excesso de vinho, nem ávidos de lucros desonestos. 
Guardem o mistério da fé numa consciência pura. 
Sejam também eles, primeiro, postos à prova e só depois, se forem irrepreensíveis, exerçam o diaconado. 
Do mesmo modo, as mulheres sejam dignas, não maldizentes, sóbrias, fiéis em tudo. 
Os diáconos sejam maridos de uma só mulher, capazes de dirigir bem os filhos e a própria casa. 
Pois aqueles que cumprirem bem o diaconado adquirem para si uma posição honrosa e autoridade em questões de fé, em Cristo Jesus. 


Evangelho segundo S. Lucas 7,11-17.

Naquele tempo, dirigia-Se Jesus para uma cidade chamada Naim, indo com Ele os seus discípulos e uma grande multidão. 
Quando estavam perto da porta da cidade, viram que levavam um defunto a sepultar, filho único de sua mãe, que era viúva; e, a acompanhá-la, vinha muita gente da cidade. 
Vendo-a, o Senhor compadeceu-se dela e disse-lhe: «Não chores.» 
Aproximando-se, tocou no caixão, e os que o transport

avam pararam. Disse então: «Jovem, Eu te ordeno: Levanta-te!» 
O morto sentou-se e começou a falar. E Jesus entregou-o à sua mãe. 
O temor apoderou-se de todos, e davam glória a Deus, dizendo: «Surgiu entre nós um grande profeta e Deus visitou o seu povo!» 
E a fama deste milagre espalhou-se pela Judeia e por toda a região. 



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org 



Comentário do dia: 

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África), doutor da Igreja 
Sermão 98 

«Jovem, Eu te ordeno: Levanta-te!»


No Evangelho encontramos três mortos ressuscitados pelo Senhor de forma visível, e milhares de forma invisível. […] A filha do chefe da sinagoga (Mc 5,22ss), o filho da viúva de Naim e Lázaro (Jo 11) […] são símbolo dos três tipos de pecadores ainda hoje ressuscitados pelo Senhor. A menina ainda se encontrava em casa de seu pai […], o filho da viúva já não estava em casa de sua mãe, mas também ainda não estava no túmulo, […] e Lázaro já estava sepultado. […] 




Assim, há pessoas com o pecado dentro do coração mas que ainda não o cometeram. […] Tendo consentido no pecado, ele habita-lhes a alma como morto, mas não saiu ainda para fora. Ora, acontece amiúde […] aos homens esta experiência interior: depois de terem escutado a palavra de Deus, parece-lhes que o Senhor lhes diz: «Levanta-te!» E, condenando o consentimento que dantes haviam dado ao mal, retomam fôlego para viver na salvação e na justiça. […] Outros, após aquele consentimento, partem para os actos, transportando assim o morto que traziam escondido no fundo do coração para o expor diante de todos. Deveremos desesperar deles? Não disse o Salvador ao jovem de Naim: «Eu te ordeno: Levanta-te!»? Não o devolveu a sua mãe? O mesmo acontece a quem actuou desse modo: tocado e comovido pela Palavra da Verdade, ressuscita à voz de Cristo e volta à vida. É certo que deu mais um passo na via do pecado, mas não pereceu para sempre. 



Já aqueles que se embrenham nos maus hábitos, ao ponto de perderem a noção do próprio mal que cometem, procuram defender os seus maus actos e encolerizam-se quando alguém lhos censura. […] A esses, esmagados pelo peso do hábito de pecar, albergam as mortalhas e os túmulos […] e cada pedra colocada sobre o seu sepulcro mais não é do que a força tirânica desse mau uso que lhes oprime a alma e não lhes permite, nem levantar-se, nem respirar. […] 



Por isso, irmãos caríssimos, façamos de tal modo que quem vive viva, e quem está morto volte à vida […] e faça penitência. […] Os que vivem conservem a vida, e os que estão mortos apressem-se a ressuscitar.



publicado por portucalia às 13:30

Setembro 10 2013

EVANGELHO QUOTIDIANO

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68


Terça-feira, dia 10 de Setembro de 2013

Terça-feira da 23ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : S. Nicolau Tolentino, presbítero, +1305 

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Beata Teresa de Calcutá : «Passou a noite a orar a Deus» 

Carta aos Colossenses 2,6-15.

Irmãos: Do mesmo modo que recebestes Cristo Jesus, o Senhor, continuai a caminhar nele: 
enraizados e edificados nele, firmes na fé, tal como fostes instruídos, transbordando em acção de graças. 
Olhai que não haja ninguém a enredar-vos com a filosofia, o que é vazio e enganador, fundado na tradição humana ou nos elementos do mundo, e não em Cristo. 
Porque é nele que habita realmente toda a plenitude da divindade, 
e nele vós estais repletos de tudo, Ele que é a cabeça de todo o Poder e Autoridade. 
Foi nele que fostes circuncidados com uma circuncisão que não é feita por mão humana: fostes despojados do corpo carnal, pela circuncisão de Cristo. 
Sepultados com Ele no Baptismo, foi também com Ele que fostes ressuscitados, pela fé que tendes no poder de Deus, que o ressuscitou dos mortos. 
A vós, que estáveis mortos pelas vossas faltas e pela incircuncisão da vossa carne, Deus deu-vos a vida juntamente com Ele: perdoou-nos todas as nossas faltas, 
anulou o documento que, com os seus decretos, era contra nós; aboliu-o inteiramente, e cravou-o na cruz. 
Depois de ter despojado os Poderes e as Autoridades, expô-los publicamente em espectáculo, e celebrou o triunfo que na cruz obtivera sobre eles. 


Evangelho segundo S. Lucas 6,12-19.

Naqueles dias, Jesus foi para o monte fazer oração e passou a noite a orar a Deus. 
Quando nasceu o dia, convocou os discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu o no

me de Apóstolos: 
Simão, a quem chamou Pedro, e André, seu irmão; Tiago, João, Filipe e Bartolomeu; 
Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado o Zelote; 
Judas, filho de Tiago, e Judas Iscariotes, que veio a ser o traidor. 
Descendo com eles, deteve-se num sítio plano, juntamente com numerosos discípulos e uma grande multidão de toda a Judeia, de Jerusalém e do litoral de Tiro e de Sídon, 
que acorrera para o ouvir e ser curada dos seus males. Os que eram atormentados por espíritos malignos ficavam curados; 
e toda a multidão procurava tocar-lhe, pois emanava dele uma força que a todos curava. 



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org 



Comentário do dia: 

Beata Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade 
Não há maior amor 

«Passou a noite a orar a Deus»


Não conseguimos encontrar a Deus no barulho, na agitação. […] No silêncio, Deus escuta-nos; no silêncio, fala às nossas almas. No silêncio é-nos dado o privilégio de ouvir a sua voz: 



Silêncio dos nossos olhos. 

Silêncio dos nossos ouvidos. 

Silêncio da nossa boca. 

Silêncio do nosso espírito. 

No silêncio do coração, 

Deus falará. 



O silêncio do coração é necessário para escutar a Deus em todo o lado — na porta que se fecha, na pessoa que reclama a tua presença, nos pássaros que cantam, nas flores e nos animais. Se estivermos atentos ao silêncio, será fácil orar. Há tanta tagarelice, coisas repetidas, coisas escusadas naquilo que dizemos e escrevemos. A nossa vida de oração é afectada porque o nosso coração não está silencioso. Vou manter com mais cuidado o silêncio no meu coração, para que, no silêncio do meu coração, oiça as suas palavras de consolação e, a partir da plenitude do meu coração, possa consolar Jesus escondido no infortúnio dos pobres.

publicado por portucalia às 15:32

Setembro 08 2013

EVANGELHO QUOTIDIANO

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68


Domingo, dia 08 de Setembro de 2013

23º Domingo do Tempo Comum - Ano C


Festa da Igreja : Vigésimo Terceiro Domingo do tempo comum (semana III do saltério)Natividade de Nossa SenhoraNossa Senhora dos Remédios
Calendário da Igreja disponível este dia 
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Filoxeno de Mabbug : Ser seu discípulo 

Livro de Sabedoria 9,13-18.

Pois que homem poderia conhecer a vontade de Deus? Quem poderá imaginar o que pretende o Senhor? 
Os pensamentos dos mortais são hesitantes, e incertas as nossas reflexões; 
porque o corpo corruptível é um peso para a alma, e esta tenda terrena oprime a mente cheia de cuidados. 
Mal podemos entender o que há sobre a terra e o que está ao nosso alcance dificilmente o descobrimos; quem poderá, pois, penetrar o que há no céu? 
E quem conhecerá a tua vontade, se não lhe deres a sabedoria, e não enviares o teu santo espírito lá do céu? 
Assim se endireitaram as veredas dos que vivem na terra, os homens aprenderam o que é do teu agrado e pela sabedoria se salvaram.» 


Carta a Filémon 1,9-10.12-17.

Caríssimo: Eu, Paulo, um ancião e, agora, até prisioneiro por causa de Cristo Jesus. 
Peço-te pelo meu filho, que gerei na prisão: Onésimo, 
É ele que eu te envio: ele, isto é, o meu próprio coração. 
Eu bem desejava mantê-lo junto de mim, para, em vez de ti, se colocar ao meu serviço nas prisões que sofro por causa do evangelho. 
Porém, nada quero fazer sem o teu consentimento, para que o bem que fazes não seja por obrigação, mas de livre vontade. 
É que, afinal, talvez tenha sido por isto que ele foi afastado por breve tempo: para que o recebas para sempre, 
não já como escravo, mas muito mais do que um escravo: como irmão querido; isto especialmente para mim, quanto mais para ti, que com ele estás relacionado tanto humanamente como no Senhor. 
Se, pois, me consideras em comunhão contigo, recebe-o como a mim próprio. 


Evangelho segundo S. Lucas 14,25-33.

Naquele tempo, seguia Jesus uma grande multidão. Jesus voltou-Se e disse-lhes: 
«Se alguém vem ter comigo e não me tem mais amor que ao seu pai, à sua mãe, à sua esposa, aos seus filhos, aos seus irmãos, às suas irmãs e até à própria vida, não pode ser meu discípulo. 
Quem não tomar a sua cruz para me seguir não pode ser meu discípulo. 
Quem dentre vós, querendo construir uma torre, não se senta primeiro para calcular a despesa e ver se tem com que a concluir? 
Não suceda que, depois de assentar os alicerces, não a podendo acabar, todos os que virem comecem a troçar dele, 
dizendo: 'Este homem começou a construir e não pôde acabar.' 
Ou qual é o rei que parte para a guerra contra outro rei e não se senta primeiro para examinar se lhe é possível com dez mil homens opor-se àquele que vem contra ele com vinte mil? 
Se não pode, estando o outro ainda longe, manda-lhe embaixadores a pedir a paz. 


Assim, qualquer de vós, que não renunciar a tudo o que possui, não pode ser meu discípulo.» 



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org 



Comentário do dia: 

Filoxeno de Mabbug (?-c. 523), bispo da Síria 
Homilia nº 9; SC 44 

Ser seu discípulo


Escuta a voz de Deus que te impele a sair de ti para seguir a Cristo [...] e serás um discípulo perfeito: «Qualquer de vós que não renunciar a tudo o que possui não pode ser meu discípulo.» Depois disto, o que poderás dizer, o que poderás responder? Todas as tuas hesitações e interrogações caem por terra perante esta única frase [...] de Cristo, que também diz noutro sítio: «Quem se despreza a si mesmo, neste mundo, assegura para si a vida eterna; [...] se alguém Me servir, o Pai há-de honrá-lo» (Jo 12,25-26). 



Disse também aos seus discípulos: «Levantai-vos, vamo-nos daqui!» (Jo 14,31) Com esta frase demonstrou que nem o seu lugar, nem o dos seus discípulos, é deste mundo. A quem iremos nós então, Senhor? «Onde Eu estiver, aí estará também o meu servo» (Jo 6,68;12,26) Se Jesus nos diz: «Levantai-vos, vamo-nos daqui!», quem será insensato bastante para consentir permanecer com os cadáveres nos seus túmulos ou habitar entre os mortos? Assim, de cada vez que o mundo te atrair, lembra-te destas palavras de Cristo: «Levantai-vos, vamo-nos daqui!» [...] De cada vez que queiras sentar-te, instalar-te, comprazer-te em ficar onde estás, lembra-te dessa voz que te impele e diz a ti próprio: «Levanta-te e vamo-nos daqui!» 



Porque, seja como for, acabarás por ter de partir. Mas deves fazê-lo como Jesus, deves ir-te porque Ele to disse, não porque as leis da natureza te obriguem contra a tua vontade. Quer queiras, quer não, vais pelo mesmo caminho daqueles que partem. Por isso, parte por causa da palavra do teu Mestre e não pela necessidade desse constrangimento. «Levanta-te e vamo-nos daqui!» Esta é a voz que desperta os sonolentos, a trombeta cujo toque afugenta o torpor da preguiça, a força (e já não só palavra) que amiúde reveste aquele que a ouve dum vigor novo e o impele duma coisa à outra num abrir e fechar de olhos. [...] «Levantai-vos, vamo-nos daqui!», e eis que também Ele parte contigo. Porque tardas? [...] Deus chama-te a partir em sua companhia.

publicado por portucalia às 16:06

Setembro 05 2013

EVANGELHO QUOTIDIANO

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68


Quinta-feira, dia 05 de Setembro de 2013

Quinta-feira da 22ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : Beata Teresa de Calcutá, religiosa, +1997 

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Papa Francisco: «Faz-te ao largo; e vós, lançai as redes para a pesca.» 

Carta aos Colossenses 1,9-14.

Irmãos: Por isso, também nós, desde o dia em que ouvimos falar disso, não cessamos de orar por vós e de pedir a Deus que vos encha do conhecimento da sua vontade, com toda a sabedoria e inteligência espiritual, 
a fim de caminhardes de modo digno do Senhor, para seu total agrado: dai frutos em toda a espécie de boas obras e progredi no conhecimento de Deus; 
deixai-vos fortalecer plenamente pelo poder da sua glória, para chegardes a uma constância e paciência total com alegria; 
dai graças ao Pai, que vos tornou capazes de tomar parte na herança dos santos na luz. 
Foi Ele que nos libertou do poder das trevas e nos transferiu para o Reino do seu amado Filho, 
no qual temos a redenção, o perdão dos pecados. 


Evangelho segundo S. Lucas 5,1-11.

Naquele tempo, encontrando-se junto do lago de Genesaré, e comprimindo-se à volta dele a multidão para escutar a palavra de Deus, 
Jesus viu dois barcos que se encontravam junto do lago. Os pescadores tinham descido deles e lavavam as redes. 
Entrou num dos barcos, que era de Simão, pediu-lhe que se afastasse um pouco da terra e, sentando-se, dali se pôs a ensinar a multidão. 
Quando acabou de falar, disse a Simão: «Faz-te ao largo; e vós, lançai as redes para a pesca.» 
Simão respondeu: «Mestre, trabalhámos durante toda a noite e nada apanhámos; mas, porque Tu o dizes, lançarei as redes.» 
Assim fizeram e apanharam uma gran

de quantidade de peixe. As redes estavam a romper-se, 
e eles fizeram sinal aos companheiros que estavam no outro barco, para que os viessem ajudar. Vieram e encheram os dois barcos, a ponto de se irem afundando. 
Ao ver isto, Simão Pedro caiu aos pés de Jesus, dizendo: «Afasta-te de mim, Senhor, porque sou um homem pecador.» 
Ele e todos os que com ele estavam encheram-se de espanto por causa da pesca que tinham feito; o mesmo acontecera 
a Tiago e a João, filhos de Zebedeu e companheiros de Simão. Jesus disse a Simão: «Não tenhas receio; de futuro, serás pescador de homens.» 
E, depois de terem reconduzido os barcos para terra, deixaram tudo e seguiram Jesus. 



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org 



Comentário do dia: 

Papa Francisco 
Homilia de 14/04/2013 (trad. © Libreria Editrice Vaticana, rev.) 

«Faz-te ao largo; e vós, lançai as redes para a pesca.»


O anúncio de Pedro e dos Apóstolos não é feito apenas com palavras; a fidelidade a Cristo toca a sua vida, que se modifica e recebe uma nova direcção, e é precisamente com a sua vida que dão testemunho da fé e anunciam a Cristo. […] Isto vale para todos: o Evangelho tem de ser anunciado e testemunhado. Cada um deveria interrogar-se: como testemunho a Cristo com a minha fé? Tenho a coragem de Pedro e dos outros Apóstolos para pensar, decidir e viver como cristão, obedecendo a Deus? 

É certo que o testemunho da fé se reveste de muitas formas, como sucede num grande fresco que apresenta uma grande variedade de cores e tonalidades; todas, porém, são importantes, mesmo aquelas que não sobressaem. No grande desígnio de Deus, cada detalhe é importante, incluindo o teu e o meu testemunho pequeno e humilde, incluindo o testemunho oculto de quem vive a sua fé com simplicidade nas suas relações diárias de família, de trabalho, de amizade. Existem os santos de todos os dias, os santos «escondidos», uma espécie de «classe média da santidade» […] da qual todos podemos fazer parte. 

Mas há também, em diversas partes do mundo, quem sofra – como Pedro e os Apóstolos – por causa do Evangelho; há quem dê a própria vida para permanecer fiel a Cristo, com um testemunho que lhe custa o preço do sangue. Recordemo-lo bem todos: não se pode anunciar o Evangelho de Jesus sem o testemunho concreto da vida. Quem nos ouve e nos vê deve poder ler nas nossas acções aquilo que ouve da nossa boca, e dar glória a Deus! Isto traz-me à mente um conselho que São Francisco de Assis dava aos seus irmãos: pregai o Evangelho; caso seja necessário, também com as palavras.



publicado por portucalia às 22:11

Setembro 04 2013

EVANGELHO QUOTIDIANO

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68


Quarta-feira, dia 04 de Setembro de 2013

Quarta-feira da 22ª semana do Tempo Comum


Festa da Igreja : Nossa Senhora Consoladora
Santo do dia : Santa Rosa de Viterbo, virgem, +1252 

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Catecismo da Igreja Católica: A sogra de Simão estava com muita febre 

Carta aos Colossenses 1,1-8.

Paulo, apóstolo de Cristo Jesus por vontade de Deus, e o irmão Timóteo, 
aos irmãos em Cristo, santos e fiéis, que vivem em Colossos: a vós graça e paz da parte de Deus, nosso Pai. 
Damos graças a Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, nas orações que continuamente fazemos por vós, 
desde que ouvimos falar da vossa fé em Cristo Jesus e do amor que tendes para com todos os santos, 
por causa da esperança que vos está reservada nos Céus. Dela ouvistes falar outrora pela palavra da verdade, o Evangelho 
que chegou até vós. Como em todo o mundo, também entre vós ele tem produzido frutos e progredido, desde o dia em que o recebestes e, em verdade, tomastes conhecimento da graça de Deus. 
Assim o aprendestes de Epafras, servo como nós, ele que é um fiel servidor de Cristo ao vosso serviço 
e que nos informou do vosso amor no Espírito. 


Evangelho segundo S. Lucas 4,38-44.

Naquele tempo, deixando a sinagoga, Jesus entrou em casa de Simão. A sogra de Simão estava com muita febre, e intercederam junto dele em seu favor. 
Inclinando-se sobre ela, ordenou à febre e esta deixou-a; ela erguendo-se, começou imediatamente a servi-los. 
Ao pôr-do-sol, todos quantos tinham doentes, com diversas enfermidades, levavam-lhos; e Ele, impondo as mãos a cada um deles, curava-os. 
Também de muitos saíam demónios, que gritavam e diziam: «Tu és o Filho de Deus!» Mas Ele repreendia-os e não os deixava falar, porque sabiam que Ele era o Messias. 


Ao romper do dia, saiu e retirou-se para um lugar solitário. As multidões procuravam-no e, ao chegarem junto dele, tentavam retê-lo, para que não se afastasse delas. 
Mas Ele disse-lhes: «Tenho de anunciar a Boa-Nova do Reino de Deus também às outras cidades, pois para isso é que fui enviado.» 
E pregava nas sinagogas da Judeia. 



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org 



Comentário do dia: 

Catecismo da Igreja Católica 
§§ 309-310 

A sogra de Simão estava com muita febre


Se Deus Pai todo-poderoso, Criador do mundo ordenado e bom, tem cuidado com todas as suas criaturas, porque é que o mal existe? A esta questão, tão premente como inevitável, tão dolorosa como misteriosa, não é possível dar uma resposta rápida e satisfatória. É o conjunto da fé cristã que constitui a resposta a esta questão: a bondade da criação, o drama do pecado, o amor paciente de Deus que vem ao encontro do homem pelas suas alianças, pela encarnação redentora de seu Filho, pelo dom do Espírito, pela agregação à Igreja, pela força dos sacramentos, pelo chamamento à vida bem-aventurada, à qual as criaturas livres são de antemão convidadas a consentir, mas à qual podem, também de antemão, negar-se, por um mistério terrível. Não há nenhum pormenor da mensagem cristã que não seja, em parte, resposta ao problema do mal. 

Mas porque é que Deus não criou um mundo tão perfeito que nenhum mal pudesse existir nele? No seu poder infinito, Deus podia sempre ter criado um mundo melhor (São Tomás de Aquino). No entanto, na sua sabedoria e bondade infinitas, Deus quis livremente criar um mundo «em estado de caminho» para a perfeição última. Este devir implica, no desígnio de Deus, juntamente com o aparecimento de certos seres, o desaparecimento de outros; o mais perfeito, com o menos perfeito; as construções da natureza, com as suas destruições. Com o bem físico também existe, pois, o mal físico, enquanto a criação não tiver atingido a perfeição.



publicado por portucalia às 15:36

Agosto 19 2013

EVANGELHO QUOTIDIANO

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68


Domingo, dia 18 de Agosto de 2013

20º Domingo do Tempo Comum - Ano C


Festa da Igreja : (Vigésimo Domingo do Tempo Comum) (semana IV do saltério)Assunção de Nossa Senhora (no Brasil)
Santo do dia : Santa Helena, mãe do imperador Constantino, +328Santo Alberto Hurtado Cruchaga, presbítero, +1952 

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Concílio Vaticano II: «Dou-vos a minha paz» (Jo 14,27) 

Livro de Jeremias 38,4-6.8-10.

Naqueles dias, os ministros disseram ao rei de Judá: «Este homem deve ser morto, porque desanima os homens de guerra que ficaram na cidade e todo o povo, proferindo semelhantes palavras. Este homem não busca o bem-estar do povo, mas a sua desgraça.» 
O rei Sedecias respondeu-lhes: «Aí o tendes nas vossas mãos, pois o rei nada vos pode recusar.» 
Tomaram, então, Jeremias e, por meio de cordas, fizeram-no descer à cisterna do príncipe Malquias, que fica no pátio da guarda. Não havia água na cisterna, mas apenas lodo; e Jeremias ficou atolado no lodo. 
o criado do rei saiu do palácio real e falou ao rei, dizendo: 
«Ó rei, meu senhor, estes homens procederam mal contra o profeta Jeremias, metendo-o na cisterna. Ele vai certamente morrer de fome, porque já não há mais pão na cidade.» 
Então o rei respondeu-lhe: «Leva daqui contigo trinta homens e faz com que retirem o profeta Jeremias da cisterna, antes que morra.» 


Carta aos Hebreus 12,1-4.

Irmãos: Estando nós rodeados de tão grande número de testemunhas, libertemo-nos de todo o impedimento e de todo o pecado que nos cerca e corramos com perseverança para o combate que nos é proposto, 
tendo os olhos postos em Jesus, autor e consumador da fé. Ele, renunciando à alegria que lhe fora proposta, sofreu a cruz, desprezando a ignomínia, e sentou-se à direita do trono de Deus. 
Considerai, pois, aquele que sofreu tal oposição por parte dos pecadores, para que não desfaleçais, perdendo o ânimo. 
Ainda não resististes até ao sangue na luta contra o pecado. 


Evangelho segundo S. Lucas 12,49-53.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Eu vim lançar fogo sobre a terra; e como gostaria que ele já se tivesse ateado! 
Tenho de receber um baptismo, e que angústias as minhas até que ele se realize! 
Julgais que Eu vim estabelecer a paz na Terra? Não, Eu vo-lo digo, mas antes a divisão. 
Porque, daqui por diante, estarão cinco divididos numa só casa: três contra dois e dois contra três; 
vão dividir-se: o pai contra o filho e o filho contra o pai, a mãe contra a filha e a filha contra a mãe, a sogra contra a nora e a nora contra a sogra.» 



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org 





Comentário do dia: 

Concílio Vaticano II 
Constituição da Igreja no mundo deste tempo «Gaudium et spes», § 78 

«Dou-vos a minha paz» (Jo 14,27)


A paz não é ausência de guerra; nem se reduz ao estabelecimento do equilíbrio entre as forças adversas, nem resulta duma dominação despótica. Com toda a exactidão e propriedade ela é chamada «obra da justiça» (Is 32,7). É um fruto da ordem que o divino Criador estabeleceu para a sociedade humana, e que deve ser realizada pelos homens, sempre anelantes por uma mais perfeita justiça. […] Por esta razão, a paz nunca se alcança duma vez para sempre, antes deve estar constantemente a ser edificada. Além disso, como a vontade humana é fraca e ferida pelo pecado, a busca da paz exige o constante domínio das paixões de cada um e a vigilância da autoridade legítima. Mas tudo isto não basta. […] Absolutamente necessárias para a edificação da paz são ainda a vontade firme de respeitar a dignidade dos outros homens e povos e a prática assídua da fraternidade. A paz é assim também fruto do amor, o qual vai além do que a justiça consegue alcançar. A paz terrena, nascida do amor do próximo, é imagem e efeito da paz de Cristo, vinda do Pai. Pois o próprio Filho encarnado, Príncipe da Paz, reconciliou com Deus, pela cruz, todos os homens; restabelecendo a unidade de todos num só povo e num só corpo, extinguiu o ódio e, exaltado na ressurreição, derramou nos corações o Espírito de amor. Todos os cristãos são, por isso, insistentemente chamados a, «praticando a verdade na caridade» (Ef 4,15), unirem-se aos homens verdadeiramente pacíficos para implorarem e edificarem a paz. […]Na medida em que os homens são pecadores, o perigo da guerra ameaça-os e continuará a ameaçá-los até à vinda de Cristo; mas na medida em que, unidos em caridade, superam o pecado, superadas ficam também as lutas, até que se realize aquela palavra: «com as espadas forjarão arados e foices com as lanças. Nenhum povo levantará a espada contra outro e jamais se exercitarão para a guerra» (Is 2,4).

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Agosto 17 2013

EVANGELHO QUOTIDIANO

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68


Sabado, dia 17 de Agosto de 2013

Sábado da 19ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : Santa Beatriz da Silva, religiosa, +1490S. Jacinto, presbítero, apóstolo da Polónia, +1257 

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São Máximo de Turim : «Deixai as crianças e não as impeçais de vir ter comigo, pois delas é o Reino do Céu» 

Livro de Josué 24,14-29.

Naqueles dias, Josué falou ao povo, dizendo:«Temei, portanto, o Senhor, e servi-O com toda a rectidão e verdade. Afastai esses deuses a quem os vossos pais serviram do outro lado do rio e no Egipto, e servi o Senhor. 
E se vos desagrada servi-lo, então escolhei hoje aquele a quem quereis servir: os deuses a quem vossos pais serviram, do outro lado do rio, ou os deuses dos amorreus cuja terra ocupastes, porque eu e a minha casa serviremos o SENHOR.» 
O povo respondeu, dizendo: «Longe de nós abandonarmos o SENHOR para servir outros deuses! 
Pois o SENHOR nosso Deus é que nos tirou, juntamente com nossos pais, da terra do Egipto, da casa da escravidão, e realizou aqueles maravilhosos prodígios aos nossos olhos; Ele guardou-nos ao longo de todo o caminho que tivemos de percorrer, e entre todos os povos pelos quais passámos. 
O SENHOR expulsou diante de nós todas as nações e os amorreus que habitavam na terra: também nós serviremos o SENHOR, porque Ele é o nosso Deus.» 
Josué disse, então, ao povo: «Vós não sereis capazes de servir o SENHOR, porque Ele é um Deus santo, um Deus zeloso que não perdoará as vossas transgressões nem os vossos pecados. 
Quando abandonardes o SENHOR para servir a deuses estranhos, Ele voltar-se-á contra vós e far-vos-á mal; há-de destruir-vos, após ter-vos feito bem.» 
O povo respondeu: «Não. É ao SENHOR que queremos servir.» 
Josué disse-lhes então: «Sois testemunhas contra vós mesmos de que escolhestes o SENHOR para o servir.» E eles responderam: «Somos testemunhas!» 
«Tirai, pois, os deuses estranhos que estão no meio de vós, e inclinai os vossos corações para o SENHOR, Deus de Israel.» 
O povo respondeu a Josué: «Nós serviremos o SENHOR nosso Deus, e obedeceremos à sua voz.» 
Naquele dia, Josué fez uma aliança com o povo e deu-lhe, em Siquém, leis e prescrições. 
Josué escreveu estas palavras no livro da Lei de Deus e, tomando uma grande pedra, erigiu-a ali como um monumento, sob o carvalho que se encontrava no santuário do SENHOR. 
Disse a todo o povo: «Esta pedra servirá de testemunho entre nós, pois ela ouviu todas as palavras que o SENHOR nos disse; ela servirá de testemunho contra vós, para que não renegueis o vosso Deus.» 
Então Josué despediu o povo, indo cada um para a sua herança. 
Depois disto, Josué, filho de Nun, servo do SENHOR, morreu com a idade de cento e dez anos. 


Evangelho segundo S. Mateus 19,13-15.

Naquele tempo, apresentaram umas crianças a Jesus, para que lhes impusesse as mãos e orasse por elas. Mas os discípulos afastavam-nas. 
Jesus disse-lhes: «Deixai as crianças e não as impeçais de vir ter comigo, pois delas é o Reino do Céu.» 
E, depois de lhes ter imposto as mãos, prosseguiu o seu caminho. 



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org 



Comentário do dia: 

São Máximo de Turim (?-c. 420), bispo 
Homilia 58, para a Páscoa; PL 57, 363 

«Deixai as crianças e não as impeçais de vir ter comigo, pois delas é o Reino do Céu»


Irmãos, como é grande e admirável o dom que o Senhor nos dá! Neste dia de Páscoa, dia da Salvação, o Senhor ressuscitou e dá a Ressurreição ao mundo inteiro. [...] Nós somos o seu Corpo (1Cor 12,27) [...] e, como seus membros, ressuscitamos com Ele, [...] que nos faz passar da morte à vida. «Páscoa» em hebraico quer dizer passagem [...], e que passagem! Do pecado à justiça, do vício à virtude, da velhice à infância. [...] Ontem, a queda no pecado mostrava-nos o caminho do declínio, mas a Ressurreição de Cristo faz-nos reviver na inocência dos recém-nascidos. 


A simplicidade cristã faz sua a infância. A infância não tem rancor, não conhece o engano, não procura a ofensa. Do mesmo modo, a criança em que o cristão se transformou já não se enfurece se é insultada, não se defende se é espoliada, não riposta se é atacada. O próprio Senhor lhe exige que reze pelos seus inimigos, que deixe a túnica e o manto aos ladrões, e que dê a outra face àqueles que lhe batem (Mt 5,39). A infância de Cristo sobrepõe-se assim à dos homens. [...] 


O Senhor diz aos seus Apóstolos, já entrados na madurez e na idade adulta: «Se não voltardes a ser como as criancinhas, não podereis entrar no Reino do Céu» (Mt 18,3). Desse modo, remete-os para o início da sua existência, incitando-os a reencontrar a infância e permitindo assim que esses homens a quem começavam já a faltar as forças renasçam na inocência do coração.

publicado por portucalia às 15:31

Agosto 16 2013

EVANGELHO QUOTIDIANO

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68


Sexta-feira, dia 16 de Agosto de 2013

Sexta-feira da 19ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : Santo Estêvão, rei da Hungria, +1038S. Roque, peregrino, séc. XIV 

Ver comentário em baixo, ou carregando aqui 
São Pedro Crisólogo : «Grande é este mistério» (Ef 5,32) 

Livro de Josué 24,1-13.

Naqueles dias, Josué reuniu todas as tribos de Israel em Siquém, e convocou os seus anciãos, chefes, juízes e oficiais; todos se apresentaram diante de Deus. 
Então, Josué disse a todo o povo: «Eis o que diz o SENHOR, Deus de Israel: ‘Vossos pais, Tera, pai de Abraão e de Naor, habitavam ao princípio do outro lado do rio e serviam outros deuses. 
Tomei o vosso pai Abraão do outro lado do Jordão, e conduzi-o à terra de Canaã. Multipliquei a sua posteridade, dando-lhe Isaac. 
A Isaac dei Jacob e Esaú e dei a Esaú a montanha de Seir; Jacob, porém, e os seus filhos foram para o Egipto. 
Depois, enviei Moisés e Aarão e feri o Egipto com tudo o que fiz no meio dele; por fim, tirei-vos de lá. 
Tirei os vossos pais do Egipto e chegastes ao mar. Os egípcios perseguiram os vossos pais com carros e cavaleiros até ao Mar dos Juncos. 
Eles, porém, clamaram ao SENHOR, e o SENHOR pôs trevas entre vós e os egípcios e fez avançar o mar sobre eles, cobrindo-os. Os vossos olhos viram o que fiz aos egípcios e, depois disto, passastes largo tempo no deserto. 
Levei-vos, em seguida, para a terra dos amorreus que habitavam do outro lado do Jordão. Eles combateram contra vós, mas Eu entreguei-os nas vossas mãos. Tomastes posse da sua terra, e Eu exterminei-os na vossa frente. 
Balac, filho de Cipor, rei de Moab, levantou-se para lutar contra Israel e mandou chamar Balaão, filho de Beor, para vos amaldiçoar. 
Eu, porém, não quis ouvir Balaão, e ele teve de vos abençoar repetidas vezes, e assim vos tirei das mãos de Balac. 
Atravessastes o Jordão e chegastes a Jericó. Combateram contra vós os homens de Jericó, os amorreus, os perizeus, os cananeus, os hititas, os guirgaseus, os heveus e os jebuseus; mas Eu entreguei-os nas vossas mãos. 
Mandei diante de vós insectos venenosos que expulsaram os dois reis dos amorreus. Não foi com a vossa espada, nem com o vosso arco. 
Dei-vos, pois, uma terra que não lavrastes, cidades que não edificastes e que agora habitais, vinhas e oliveiras que não plantastes e de cujos frutos vos alimentais’. 


Evangelho segundo S. Mateus 19,3-12.

Naquele tempo, aproximaram-se de Jesus alguns fariseus para O porem à prova e disseram-Lhe: «É permitido a um homem divorciar-se da sua mulher por qualquer motivo?» 
Ele respondeu: «Não lestes que o Criador, desde o princípio, fê-los homem e mulher, 
e disse: Por isso, o homem deixará o pai e a mãe e se unirá à sua mulher, e serão os dois um só? 
Portanto, já não são dois, mas um só. Pois bem, o que Deus uniu não o separe o homem.» 
Eles, porém, objectaram: «Então, porque é que Moisés preceituou dar-lhe carta de divórcio, ao repudiá-la?» 
Respondeu Jesus: «Por causa da dureza do vosso coração, Moisés permitiu que repudiásseis as vossas mulheres; mas, ao princípio, não foi assim. 
Ora Eu digo-vos: Se alguém se divorciar da sua mulher excepto em caso de união ilegal e casar com outra, comete adultério.» 
Os discípulos disseram-lhe: «Se é essa a situação do homem perante a mulher, não é conveniente casar-se!» 
Respondeu-lhes Jesus: «Nem todos compreendem esta linguagem, mas apenas aqueles a quem isso é dado. 
Há eunucos que nasceram assim do seio materno, há os que se tornaram eunucos pela interferência dos homens e há aqueles que se fizeram eunucos a si mesmos, por amor do Reino do Céu. Quem puder compreender, compreenda.» 



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org 



Comentário do dia: 

São Pedro Crisólogo (c. 406-450), bispo de Ravena, doutor da Igreja 
Sermão 99; PL 52,477 


«Grande é este mistério» (Ef 5,32)


«Nem a mulher é separável do homem, nem o homem da mulher, diante do Senhor», diz o apóstolo Paulo (1Cor 11,11) […]. O homem e a mulher caminham juntos para o Reino. Sem os separar, Cristo chama simultaneamente o homem e a mulher, que Deus uniu e que a natureza liga, dando-lhes a partilhar os mesmos gestos e as mesmas tarefas, num acordo admirável. Pelo laço do casamento, Deus faz que dois seres sejam um apenas e que um seja dois, de maneira que cada um descubra um outro eu, que não perde a sua singularidade nem se confunde no casal. 


Mas por que razão, nas imagens que nos dá do seu Reino, Deus faz que intervenham desta maneira a mulher e o homem? (cf Lc 13,18.21). Porque nos sugere tanta grandeza servindo-Se de exemplos que podem afigurar-se-nos fracos e desproporcionados? Irmãos, um precioso mistério se esconde sob esta pobreza. Nas palavras do apóstolo Paulo: «Grande é este mistério: […] mas eu interpreto-o em relação a Cristo e à Igreja» (Ef 5,32). 


Tais parábolas evocam o maior projecto da humanidade: o homem e a mulher puseram fim ao processo do mundo, processo que durava há séculos. Adão, o primeiro homem, e Eva, a primeira mulher, são conduzidos, da árvore do conhecimento do bem e do mal, ao fogo […] do Evangelho […]. Suas bocas, doentes com o fruto da árvore envenenada, sararão com o sabor caloroso da árvore da salvação; árvore com sabor a fogo, que inflama a consciência gelada pela árvore de outrora. Agora, a nudez perde efeito, já não causa vergonha: o homem e a mulher estão completamente cobertos de perdão.



publicado por portucalia às 17:16

Agosto 07 2013

EVANGELHO QUOTIDIANO

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68


Quarta-feira, dia 07 de Agosto de 2013

Quarta-feira da 18ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : S. Sisto II, papa, e companheiros mártires, +258S. Caetano, presbítero, +1547 

Ver comentário em baixo, ou carregando aqui 
Papa Francisco: «Despacha-a, porque ela persegue-nos com os seus gritos.» 

Livro de Números 13,1-2.25-33.14,1.26-29.34-35.

Naqueles dias, O Senhor falou a Moisés, no deserto de Parã:
«Manda homens para explorar a terra de Canaã, que Eu hei-de dar aos filhos de Israel; enviarás um homem por cada tribo da casa de seus pais, todos dentre os principais.» 
Ao fim de quarenta dias, regressaram de explorar a terra. 
Vieram ter com Moisés e Aarão e com toda a assembleia dos filhos de Israel no deserto de Paran, em Cadés. Transmitiram-lhes a informação e todo o testemunho, mostrando-lhes o fruto da terra. 
Contaram, dizendo: «Fomos à terra aonde nos enviastes; lá, em verdade, corre leite e mel, e estes são os seus frutos. 
Todavia, o povo que habita nessa terra é bastante forte, tem cidades muito grandes amuralhadas, e até lá vimos os descendentes de Anac. 
Amalec habita na terra do Négueb, os hititas, os jebuseus, os amorreus habitam na montanha e os cananeus habitam junto ao mar e na margem do Jordão.» 
Caleb fez calar o povo que murmurava contra Moisés e disse: «Subamos e apoderemo-nos da terra, pois, sem dúvida, havemos de conseguir conquistá-la.» 
Mas os homens que tinham subido com ele disseram: «Não podemos atacar esse povo, porque é mais forte do que nós.» 
E contaram a má fama da terra que tinham explorado, dizendo aos filhos de Israel: «A terra que atravessámos para a explorar é terra que devora os seus habitantes e todo o povo que nela vimos é gente de grande estatura. 
Até lá vimos os gigantes, filhos de Anac, da raça dos gigantes; parecíamos gafanhotos diante deles e eles assim nos consideravam.» 
Levantou-se toda a assembleia a gritar e o povo chorou toda essa noite. 
O Senhor disse a Moisés e a Aarão: 
«Até quando terei de ouvir esta assembleia má a murmurar contra mim? Ouvi as murmurações que os filhos de Israel fazem continuamente contra mim. 
Dir-lhes-ás: ‘Como Eu sou vivo – oráculo do Senhor – segundo as palavras que vos ouvi dizer, assim mesmo vos farei. 
Neste deserto cairão os vossos cadáveres e todos os vossos recenseados de vinte anos para cima, que murmuraram contra mim. 
Conforme o número de dias em que explorastes a terra, quarenta dias, equivalendo cada dia a um ano, haveis de carregar durante quarenta anos as vossas iniquidades e reconhecereis o meu desagrado’. 
Eu, o Senhor, declaro: Hei-de fazer isto a toda esta assembleia má que se revoltou contra mim neste deserto. Aqui acabarão e morrerão!’» 


Evangelho segundo S. Mateus 15,21-28.

Naquele tempo, Jesus partiu dali e retirou-se para os lados de Tiro e de Sídon. 
Então, uma cananeia, que viera daquela região, começou a gritar: «Senhor, Filho de David, tem misericórdia de mim! Minha filha está cruelmente atormentada por um demónio.» 
Mas Ele não lhe respondeu nem uma palavra. Os discípulos aproximaram-se e pediram-lhe com insistência: «Despacha-a, porque ela persegue-nos com os seus gritos.» 
Jesus replicou: «Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.» 
Mas a mulher veio prostrar-se diante dele, dizendo: «Socorre-me, Senhor.» 
Ele respondeu-lhe: «Não é justo que se tome o pão dos filhos para o lançar aos cachorros.» 
Retorquiu ela: «É verdade, Senhor, mas até os cachorros comem as migalhas que caem da mesa de seus donos.» 
Então, Jesus respondeu-lhe: «Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se como desejas.» E, a partir desse instante, a filha dela achou-se curada. 



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org 



Comentário do dia: 

Papa Francisco 
Homilia de 07/04/2013, Tomada de posse da cátedra de bispo de Roma (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev.) 

«Despacha-a, porque ela persegue-nos com os seus gritos.»


Irmãos e irmãs, não percamos jamais a confiança na misericórdia paciente de Deus! 
Pensemos nos dois discípulos de Emaús: rosto triste, passos vazios, sem esperança. Mas Jesus não os abandona: percorre a estrada com eles. E não só; com paciência, explica as Escrituras que a Si se referiam e pára em casa deles, partilhando a sua refeição. Este é o estilo de Deus: não é impaciente como nós, que muitas vezes queremos tudo e imediatamente, mesmo quando se trata de pessoas. Deus é paciente connosco, porque nos ama; e quem ama compreende, espera, dá confiança, não abandona, não corta as pontes, sabe perdoar. Recordemo-lo na nossa vida de cristãos: Deus espera sempre por nós, mesmo quando nos afastamos! Ele nunca está longe e, se voltarmos para Ele, está pronto a abraçar-nos. 


A leitura da parábola do Pai misericordioso impressiona-me sempre muito; impressiona-me pela grande esperança que me proporciona. Pensai naquele filho mais novo, que estava na casa do Pai, era amado; e todavia […] abandona a casa. […] E o Pai? Teria esquecido o filho? Não, nunca! […] Tinha esperado por ele todos os dias, todos os momentos: ele esteve sempre no seu coração como filho, apesar de o ter deixado. […] E logo que o vê, ainda ao longe, corre ao seu encontro e abraça-o com ternura – a ternura de Deus –, sem uma palavra de censura: voltou! Isto é a alegria do pai. […] Deus espera sempre por nós e não Se cansa. Jesus mostra-nos esta paciência misericordiosa de Deus, para reencontrarmos sempre a confiança e a esperança.

publicado por portucalia às 16:00

Agosto 05 2013

EVANGELHO QUOTIDIANO

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68


Segunda-feira, dia 05 de Agosto de 2013

Segunda-feira da 18ª semana do Tempo Comum


Festa da Igreja : Nossa Senhora de ÁfricaNossa Senhora das Neves
Santo do dia : Santo Osvaldo, rei, +642 

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Beato João Paulo II : Tomou os cinco pães [...], ergueu os olhos ao céu e pronunciou a bênção; partiu, depois, os pães e deu-os aos discípulos. 

Livro de Números 11,4b-15.

Naqueles dias, dissseram os filhos de Israel: «Quem nos dará carne para comer? 
Lembramo-nos do peixe que comíamos de graça no Egipto, dos pepinos, dos melões, dos alhos porros, das cebolas e dos alhos. 
Agora, a nossa garganta está seca; não há nada diante de nós senão maná.» 
O maná era como a semente do coentro e o seu aspecto como o bdélio. 
O povo espalhava-se a apanhá-lo e moía-o em moinhos ou pisava-o em almofarizes; cozia-o em panelas e fazia bolos; tinha o sabor de tortas com gordura de azeite. 
Quando o orvalho caía de noite sobre o acampamento, o maná também caía. 
Moisés ouviu o povo chorar agrupado por famílias, cada uma à entrada da sua tenda. Mas a ira do Senhor inflamou-se muito e Moisés sentiu o mal perto de si. 
Então Moisés falou ao Senhor: «Porque atormentas o teu servo? Porque é que não encontrei graça diante de ti, a ponto de pores todo este povo como um peso sobre mim? 
Acaso fui eu que concebi todo este povo? Fui eu que o dei à luz, para me dizeres: ‘Leva-o ao colo, como a ama leva a criança de peito, até à terra que prometeste a seus pais?’ 
Onde arranjarei carne para dar a todo este povo que chora junto de mim, dizendo: ‘Dá-nos carne para comer!’ 
Eu sozinho não consigo suportar todo este povo, porque é demasiado pesado para mim! 
Se me queres tratar assim, dá-me antes a morte; se encontrei graça diante de ti, que eu não veja mais a minha desgraça!» 


Evangelho segundo S. Mateus 14,13-21.

Naquele tempo, quando Jesus ouviu que João Baptista tinha sido morto, retirou-Se dali sozinho num barco, para um lugar deserto; mas o povo, quando soube, seguiu-O a pé, desde as cidades. 
Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e, cheio de misericórdia para com ela, curou os seus enfermos. 
Ao entardecer, os discípulos aproximaram-se dele e disseram-lhe: «Este sítio é deserto e a hora já vai avançada. Manda embora a multidão, para que possa ir às aldeias comprar alimento.» 


Mas Jesus disse-lhes: «Não é preciso que eles vão; dai-lhes vós mesmos de comer.» 
Responderam: «Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes.» 
«Trazei-mos cá» disse Ele. 
E, depois de ordenar à multidão que se sentasse na relva, tomou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos ao céu e pronunciou a bênção; partiu, depois, os pães e deu os aos discípulos, e estes distribuíram-nos pela multidão. 
Todos comeram e ficaram saciados; e, com o que sobejou, encheram doze cestos. 
Ora, os que comeram eram uns cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças. 



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org 



Comentário do dia: 

Beato João Paulo II (1920-2005), papa 
Encíclica «Ecclesia de Eucharistia», §§ 3-5 (trad. © Libreria Editrice Vaticana) 

Tomou os cinco pães [...], ergueu os olhos ao céu e pronunciou a bênção; partiu, depois, os pães e deu-os aos discípulos.


Do mistério pascal nasce a Igreja. Por isso mesmo a Eucaristia, que é o sacramento por excelência do mistério pascal, está colocada no centro da vida eclesial. Isto é visível desde as primeiras imagens da Igreja que nos dão os Actos do Apóstolos: «Eram assíduos ao ensino dos Apóstolos, à união fraterna, à fracção do pão, e às orações» (2, 42). Na «fracção do pão», é evocada a Eucaristia. Dois mil anos depois, continuamos a realizar aquela imagem primordial da Igreja. E, ao fazê-lo na celebração eucarística, os olhos da alma voltam-se para o Tríduo Pascal: para o que se realizou na noite de Quinta-feira Santa, durante a Última Ceia, e nas horas sucessivas. […] A agonia no Getsémani foi o prelúdio da agonia na cruz de Sexta-feira Santa: a hora santa, a hora da redenção do mundo […] a hora da glorificação. Até àquele lugar e àquela hora se deixa transportar em espírito cada presbítero ao celebrar a Santa Missa, juntamente com a comunidade cristã que nela participa. […]Mysterium fidei! - «Mistério da fé!». Quando o sacerdote pronuncia ou canta estas palavras, os presentes aclamam: «Anunciamos, Senhor, a vossa morte, proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus!». Com estas palavras ou outras semelhantes, a Igreja, ao mesmo tempo que apresenta Cristo no mistério da sua Paixão, revela também o seu próprio mistério: «Ecclesia de Eucharistia». Se é com o dom do Espírito Santo, no Pentecostes, que a Igreja nasce e se encaminha pelas estradas do mundo, um momento decisivo da sua formação foi certamente a instituição da Eucaristia no Cenáculo. O seu fundamento e a sua fonte é todo o Triduum Paschale, mas este está de certo modo guardado, antecipado e «concentrado» para sempre no dom eucarístico. Neste, Jesus Cristo entregava à Igreja a actualização perene do mistério pascal.



publicado por portucalia às 23:02

PORTUCÁLIA é um blog que demonstra para os nossos irmãos portugueses como o governo brasileiro é corrupto. Não se iludam com o sr. Lula.Textos literários e até poesia serão buscados em vários autores.
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