EVANGELHO QUOTIDIANO
"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
Terça-feira, dia 17 de Setembro de 2013
Terça-feira da 24ª semana do Tempo Comum
Santo do dia : S. Roberto Belarmino, bispo, Doutor da Igreja, +1621, Santa Hildegarda, monja, +1179
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Santo Agostinho : «Jovem, Eu te ordeno: Levanta-te!»
1ª Carta a Timóteo 3,1-13.
Caríssimo: É digna de fé esta palavra: se alguém aspira ao episcopado, deseja um excelente ofício.
Mas é necessário que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher, sóbrio, ponderado, de bons costumes, hospitaleiro, capaz de ensinar;
que não seja dado ao vinho, nem violento, mas condescendente, pacífico, desinteressado;
que governe bem a própria casa, mantendo os filhos submissos, com toda a dignidade.
Pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará ele da igreja de Deus?
Que não seja neófito, para que não se ensoberbeça e caia na mesma condenação do diabo.
Mas é necessário também que ele goze de boa reputação entre os de fora, para não cair no descrédito e nas ciladas do diabo.
Do mesmo modo, os diáconos sejam pessoas dignas, sem duplicidade, não inclinados ao excesso de vinho, nem ávidos de lucros desonestos.
Guardem o mistério da fé numa consciência pura.
Sejam também eles, primeiro, postos à prova e só depois, se forem irrepreensíveis, exerçam o diaconado.
Do mesmo modo, as mulheres sejam dignas, não maldizentes, sóbrias, fiéis em tudo.
Os diáconos sejam maridos de uma só mulher, capazes de dirigir bem os filhos e a própria casa.
Pois aqueles que cumprirem bem o diaconado adquirem para si uma posição honrosa e autoridade em questões de fé, em Cristo Jesus.
Evangelho segundo S. Lucas 7,11-17.
Naquele tempo, dirigia-Se Jesus para uma cidade chamada Naim, indo com Ele os seus discípulos e uma grande multidão.
Quando estavam perto da porta da cidade, viram que levavam um defunto a sepultar, filho único de sua mãe, que era viúva; e, a acompanhá-la, vinha muita gente da cidade.
Vendo-a, o Senhor compadeceu-se dela e disse-lhe: «Não chores.»
Aproximando-se, tocou no caixão, e os que o transport
avam pararam. Disse então: «Jovem, Eu te ordeno: Levanta-te!»
O morto sentou-se e começou a falar. E Jesus entregou-o à sua mãe.
O temor apoderou-se de todos, e davam glória a Deus, dizendo: «Surgiu entre nós um grande profeta e Deus visitou o seu povo!»
E a fama deste milagre espalhou-se pela Judeia e por toda a região.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África), doutor da Igreja
Sermão 98
No Evangelho encontramos três mortos ressuscitados pelo Senhor de forma visível, e milhares de forma invisível. […] A filha do chefe da sinagoga (Mc 5,22ss), o filho da viúva de Naim e Lázaro (Jo 11) […] são símbolo dos três tipos de pecadores ainda hoje ressuscitados pelo Senhor. A menina ainda se encontrava em casa de seu pai […], o filho da viúva já não estava em casa de sua mãe, mas também ainda não estava no túmulo, […] e Lázaro já estava sepultado. […]
Assim, há pessoas com o pecado dentro do coração mas que ainda não o cometeram. […] Tendo consentido no pecado, ele habita-lhes a alma como morto, mas não saiu ainda para fora. Ora, acontece amiúde […] aos homens esta experiência interior: depois de terem escutado a palavra de Deus, parece-lhes que o Senhor lhes diz: «Levanta-te!» E, condenando o consentimento que dantes haviam dado ao mal, retomam fôlego para viver na salvação e na justiça. […] Outros, após aquele consentimento, partem para os actos, transportando assim o morto que traziam escondido no fundo do coração para o expor diante de todos. Deveremos desesperar deles? Não disse o Salvador ao jovem de Naim: «Eu te ordeno: Levanta-te!»? Não o devolveu a sua mãe? O mesmo acontece a quem actuou desse modo: tocado e comovido pela Palavra da Verdade, ressuscita à voz de Cristo e volta à vida. É certo que deu mais um passo na via do pecado, mas não pereceu para sempre.
Já aqueles que se embrenham nos maus hábitos, ao ponto de perderem a noção do próprio mal que cometem, procuram defender os seus maus actos e encolerizam-se quando alguém lhos censura. […] A esses, esmagados pelo peso do hábito de pecar, albergam as mortalhas e os túmulos […] e cada pedra colocada sobre o seu sepulcro mais não é do que a força tirânica desse mau uso que lhes oprime a alma e não lhes permite, nem levantar-se, nem respirar. […]
Por isso, irmãos caríssimos, façamos de tal modo que quem vive viva, e quem está morto volte à vida […] e faça penitência. […] Os que vivem conservem a vida, e os que estão mortos apressem-se a ressuscitar.