PORTUCÁLIA

Abril 25 2012

( De Angola escreve ) 


José Goulão |

O super engano de um génio chamado George Orwell


 George Orwell ter-se-á enganado. A sua antevisão do big brother olhando por nós a todos os instantes e em todos os momentos para que não atentemos por obras, palavas nem sequer pensamentos contra o poder instituído, necessita de superlativos. Bigger brother, um irmão ainda mais vigilante, dotado de olhos, boca e ouvidos que já não pertencem a este mundo dos seres vivos mas ao dos milagres da tecnologia, é uma sugestão aceitável, mas vamos por partes.
Como é sabido, o senhor Barack Obama fechou o ano de 2011 assinando a chamada Lei de Defesa Nacional, designação e tradução benévolas para um mecanismo autoritário que não apenas introduz no edifício legislativo norte-americano tudo o que George W. Bush impôs como excepção a seguir a 11 de Setembro de 2001 como ainda torna os conteúdos mais amplos e discricionários. O presidente dos Estados Unidos, eleito como um democrata e não como um republicano, se bem nos lembramos ainda, sabe perfeitamente o que assinou nesse dia. Assinou uma lei que um mês antes prometeu vetar.
Assinou uma lei que tem instrumentos com os quais diz não concordar e que portanto não serão aplicados enquanto for presidente, lavando as mãos a partir daí. Assinou uma lei que, como ele próprio reconhece, foi elaborada de maneira a ter conteúdos tão vagos que permitem interpretações baseadas na pura arbitrariedade.
A Lei de Defesa Nacional é a Lei Patriótica, o “Patriotic Act” de Ge­orge W. Bush em ponto grande. Institucionaliza a detenção de suspeitos de terrorismo às mãos dos militares por tempo indeterminado, sem julgamento e sujeitos a interrogatórios – o que significa tortura como exemplos abundantes documentam nos últimos anos, desde as práticas de Guantanamo às utilizadas em prisões clandestinas da CIA em vários países, incluindo da União Europeia como Lituânia, Polónia e Roménia. Em princípio a lei aplica-se a suspeitos estrangeiros em território norte-americano, a suspeitos norte-americanos no estrangeiro; e, segundo vozes comuns na imprensa norte-americana, a cidadãos norte-americanos no interior dos Estados Unidos. Que o diga o soldado Manning, que padeceu mais de 17 meses nas mãos dos militares, sem culpa formada, suspeito do acto “terrorista” de ter entregue documentos oficiais que testemunham o modo abusivo como os Estados Unidos governam o mundo ao site WikiLeaks. Esta lei nacional é afinal supranacional, pois permite que a longa mão da “justiça militar” dos Estados Unidos se estenda pelo mundo fora. Além disso, será aplicada sem que exista uma definição de “terrorismo”. Membros da al-Qaida são “terroristas”, parece não haver dúvidas.
De certeza? O senhor a quem a NATO entregou o comando militar da capital da Líbia foi irmão de armas de Bin Laden é ou não um “terrorista”? O senhor presidente do Kosovo, que ali chegou comandando um grupo fundamentalista islâmico para criar um narco-Estado candidato à NATO e à União Europeia com apoio de Washington é ou não um “terrorista”? Os mercenários fundamentalistas islâmicos injectados pela Turquia e a Arábia Saudita na Síria para sabotar o cessar-fogo e forçar intervenção externa são ou não “terroristas”?
Nem o que parece certo é, afinal, certo. Por este caminho, um membro da al-Qaida pode não ser um terrorista e um qualquer cidadão que esteja cívica e civilizadamente contra o regime global do bigger brother pode muito bem vir a enquadrar-se no conceito amplo de “terrorista”.
Para tratar dessas coisas existe a Lei de Defesa Nacional e não só. No Utah, a Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos constrói o maior centro de espionagem mundial aonde irão parar todos os mails, todas as mensagens, todos os telefonemas que teremos a ousadia de fazer seja a quem for.
Isto é, por definição somos todos os suspeitos, obrigados num qualquer dia de juízo a demonstrar que somos inocentes.
Para tratar dessas coisas o Congresso dos Estados Unidos e os governos de muitos países preparam instrumentos como o SOPA, o PIPA e o ACTA para esquadrinharem a internet à procura de “terroristas” a pretexto da defesa de direitos de autor e de produtos contrafeitos. Para tratar dessas coisas, muitos governos da União Europeia estão a entregar aos Estados Unidos os dados que os seus cidadãos lhes fornecem para efeitos de arquivos de identificação. Para tratar dessas coisas, as multinacionais telefónicas são obrigadas a permitir que o governo dos Estados Unidos tenha acesso aos registos das chamadas dos utentes, as companhias aéreas que voam de e para os Estados Unidos são forçadas a entregar às autoridades de Washington os registos dos seus passageiros, os satélites acompanham-nos a todo o momento como bons anjos justiceiros.
Para tratar também de coisas como essas de alguém destrinçar se somos ou não “terroristas”, a União Europeia está em vias de concluir com os Estados Unidos um “acordo” de partilha dos dados de todos os cidadãos com contas bancárias através do código SWIFT. Não tenha dúvidas, o bigger brother “is watching you”, está a observá-lo onde estiver e a fazer seja o que for.
Para nossa própria defesa, claro. Como escreveu um jornalista norte-americano a propósito da Lei de Defesa Nacional, “afinal se não tivermos internet, se não mandarmos mails, se não escrevermos cartas, se não fizermos telefonemas, se não tivermos contas bancárias, se não viajarmos, se não dermos os dados pessoais aos nossos Estados, se não falarmos com estranhos não teremos nada a recear”.

publicado por portucalia às 17:15

Março 15 2012

Primeiro-ministro de Portugal, chegou em Angola rico em petróleo, que está aumentando seu investimento em sua antiga potência colonial apanhados na crise da dívida da zona do euro. Assessor presidencial angolano Carlos Maria Feijó disse esquema de privatização da Portugal seria discutido. O Fundo Monetário Internacional ordenou Portugal para vender empresas estatais para se qualificar para um resgate. Investimentos de Angola em Portugal subiram acentuadamente nos últimos anos. A figura em 2009 ficou em US $ 156m (£ 99m), comparado com US $ 2,1 milhões em 2002, de acordo com o Instituto Português de Relações Internacionais e Segurança (IPRIS), uma com sede em Lisboa think-tank. Empresas angolanas possui o equivalente a 3,8% das empresas cotadas em Portugal troca de ações, a partir de bancos de telecomunicações e energia, ele diz.

publicado por portucalia às 23:44

Março 10 2012

 

Friday, 09 March 2012
ImageO presidente executivo da EDP disse quinta-feira que a empresa irá participar em projetos de parques eólicos e novas barragens em Angola ainda este ano, num plano de expansão da EDP para outras geografias.
António Mexia, que falava na conferência de imprensa anual da EDP em Lisboa, afirmou que a empresa terá "novidades no mercado angolano, em que somos investidores minoritários ainda durante 2012", nomeadamente em "parques eólicos e novas hídricas".
No entanto, o presidente da EDP sublinhou que está tudo dependente de "enquadramento legal e regulatório" que países como Angola ainda não têm: "A maior parte destes mercados precisam de enquadramento legal e regulatório e muitas vezes é mais lento do que nós, e eles, gostaríamos".
António Mexia diz que o mercado africano, no qual se inclui o angolano, faz parte da estratégia de expansão da EDP para novas geografias e está de acordo com o que foi assinado em termos de parceria com os novos acionistas da China Three Gorges (CTG).
"Entre a China Three Gorges e a EDP há uma política de coinvestimento, sendo a EDP maioritária na América Latina e a CTG maioritária na Ásia", sendo que em África "será caso a caso conforme quem traz o investimento", disse.

António Mexia sublinhou que a EDP está interessada em crescer noutros países da América Latina para além do Brasil e "temos propostas claras já para o mercado angolano", acrescentando que "obviamente uma parceria com a CTG dá-nos mais músculo para essas parcerias".
publicado por portucalia às 21:12

Março 02 2012

Brasileiros em Angola

Atitude Business Travels acompanha de perto a evolução das relações Brasil-Angola, já que sua diretoria atua neste intercâmbio há mais de uma década. Hoje, com sede noRio de Janeiro, suporte em São Paulo e escritório em Luanda, oferece além do atendimento personalizado aos brasileiros em Angola, serviços como:

  • Auxílio para obtenção de vistos de trabalho, ordinário e de lazer
  • Emissão de bilhetes com a TAAG, TAP e SAA
  • Seguro viagem
  • Renovação de vistos em Angola
  • Atendimento pessoal nos aeroportos de Galeão e Guarulhos
  • Atendimento pessoal no aeroporto 4 de fevereiro, em Luanda
  • Exame de febre amarela no desembarque
  • Locação de veículos em qualquer cidade brasileira e Luanda
  • Auxílio para locação de residência em Angola
  • Atendimento VIP a executivos de empresas brasileiras em Luanda
  • Confira aqui a relação de documentos necessários para a obtenção de visto angolano
publicado por portucalia às 16:25

Fevereiro 18 2012

Premio Sonangol de Literatura

Sonangol e União dos Escritores Angolanos

atribuído a obras inéditas

Grande Prémio - 20 mil dólares americanos, acrescido o valor da publicação da obra, em tiragem de 1.500 exemplares. 

Prémio Revelação - 5 mil dólares americanos, acrescido o valor da publicação da obra, em tiragem de 1.500 exemplares.

Entre no site da União dos Escritores Angolanos e conheça as regras do Concurso.  

publicado por portucalia às 22:15

Fevereiro 09 2012

Comunicado. Desejo publicar no meu blog notícias de SãoTome e de Angola.  Que nossos irmaos africanos mandem notícias e contos para ribercor33@hotmail.com  que é o endereço do blog Portucália .

Naquela que foi a sua primeira visita oficial, na qualidade de Presidente eleito de São Tomé e Príncipe, Manuel Pinto da Costa, disse, em Luanda, no rescaldo de dois dias de trabalhos, que o seu país pretende estabelecer com Angola uma parceria forte para poder jogar um papel de destaque na região do Golfo da Guiné, onde o arquipélago está inserido.

Para além de querer contar com Angola para a concretização dessa intenção, o estadista são-tomense defendeu que essa parceria deve ser vantajosa para ambos os países e disse estar convencido que serão encontradas formas concretas para se alcançar esse objectivo.

“Essa parceria deve ser proveitosa para os dois estados e deve ser um factor importante para o desenvolvimento de São Tomé e Príncipe e para a consolidação das relações económicas, políticas e culturais entre os nossos países”, advogou.

Realçou que Angola e São Tomé têm já um quadro de cooperação muito vasto, cooperando em vários níveis, sendo a construção e ampliação do aeroporto, do porto e vários outros os mais salientes.

Na senda de consolidação da cooperação entre os dois países, Manuel Pinto da Costa adiantou que outras áreas merecerão a atenção dos dois estados, membros da CPLP.

A intervenção dos agentes económicos dos dois países foi outro aspecto dominante da sua alocução, tendo sublinhado a necessidade de jogarem um papel importante e determinante na consolidação das relações bilaterais.

De acordo com Manuel Pinto da Costa, há vontade política, e ao mesmo tempo advogou a necessidade de os agentes económicos estarem preparados para jogar um papel importante na consolidação das relações entre os dois povos.

Instado a pronunciar-se a cerca da realidade do seu país, o Presidente reconheceu que São Tomé e Príncipe enfrenta ainda muitos problemas ligados ao seu desenvolvimento multifacético.

Ele não deixou de realçar os muitos desafios existentes, mas mostrou-se convicto que os seus concidadãos estão em condições de poder enfrentar com sucesso esses desafios.

“Precisamos da cooperação internacional, mas não queremos continuar com esse espírito de pedir.

Queremos parceiros, não queremos pedinchar, com quem nós podemos trabalhar para vantagem dos nossos parceiros e do nosso país”, frisou.

Pinto da Costa deu também uma pincelada à actual crise mundial, perspectivando que ela torna-se mais difícil para a solução de vários problemas que o seu país enfrenta, mas em seu entender isso não quer dizer que os são-tomenses perderam a capacidade de enfrentar esses problemas e de vencê-los.

“Nós vamos vencer, se for necessário transpirar um pouco mais assim será, mas vamos vencer os desafios que temos hoje”, enfatizou.

publicado por portucalia às 15:44

PORTUCÁLIA é um blog que demonstra para os nossos irmãos portugueses como o governo brasileiro é corrupto. Não se iludam com o sr. Lula.Textos literários e até poesia serão buscados em vários autores.
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