"Estudo, dirigido por Lages (2003), os brasileiros aparecem 
principalmente relacionados com a prostituição, segundo 56,8 % dos 1419
inquiridos portugueses, enquanto que os imigrantes africanos 
apareceriam mais associados à violência (62,5 %) e ao tráfico (47,9 %), e
os de Leste à máfia (52,4 %) e também à violência (43,7 %).
Por outro lado, segundo esta mesma pesquisa, nota-se que naquela altura
os brasileiros constituíam a nacionalidade mais bem aceite em Portugal,
com 71,7 % de rejeição, contra 74,4 % dos africanos e 73,4 % dos imigrantes oriundos do Leste Europeu. Se considerarmos aspectos relativos
à convivência, o número de respostas favoráveis aos imigrantes brasileiros
sobe para 84,5 %, contra 68,4 % para os imigrantes de Leste e 60,4 % para
os africanos. Ainda sobre isto, o estudo de Lages confirma que:
Os brasileiros surgem como o grupo percepcionado mais semelhante aos portugueses, relativamente a todas as categorias 
referidas: a língua que falam (69,8 %), os usos e costumes (42,4 %), a
maneira como educam os filhos (38,8 %), as crenças e práticas 
religiosas (36,9 %), os valores e comportamentos sexuais (32,2 %)
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.
Importa também referenciar que esta percepção supostamente positiva
acerca da imigração brasileira termina por ser consubstanciada pelos
próprios imigrantes. De acordo com Lages, já numa sondagem à 
população imigrante, os brasileiros configurariam o grupo cultural mais
satisfeito com a sua vida em Portugal, pelo que 43,7 % dos 252 inquiridos
teriam declarado estar «muito satisfeitos», contra 23,5 % dos 387 
africanos ouvidos e 30,3 % dos 320 imigrantes de Leste questionados."