Em conferência de imprensa, Michel Forger, porta-voz da Polícia Provincial de Quebec, esclareceu que o número de corpos resgatados do local da explosão "não mudou, continua o mesmo", ou seja, 15.
O responsável acrescentou, contudo, que o número de desaparecidos foi elevado para 60. O anterior balanço, divulgado na terça-feira, dava conta de 50 desaparecidos.
Michel Forger lembrou que o número de desaparecidos poderá ainda mudar.
Um bombeiro citado pela agência noticiosa francesa AFP afirmou no sábado sob anonimato que pelo menos cinquenta pessoas se encontravam numa bar que foi consumido pelas chamas.
Falando na conferência de imprensa, a porta-voz das autoridades forenses do Quebec, Geneviève Guilbau, explicou que nenhuma das 15 vítimas mortais pode até ao momento ser identificada, já que o estado dos corpos nem sequer permite determinar o seu sexo.
O acidente deu-se na noite de sexta-feira para sábado na localidade de Lac-Megantic, no Quebeque, quando uma composição com vagões-cisterna que transportava petróleo avançou encosta abaixo, sem maquinista, e descarrilou, entrando pela cidade a grande velocidade.
Testemunhas dizem ter visto a seguir uma gigantesca bola de fogo e ouvido pelo menos seis grandes explosões, no centro da pequena cidade, que ficou devastada, obrigando cerca de 2.000 pessoas a fugir das suas casas.
O porta-voz da polícia escusou-se a confirmar se as autoridades que investigam o acidente vão reunir com Edward Burkhardt, presidente da empresa Montreal Maine & Atlantic Railways, proprietária do comboio.
O responsável da empresa chegou na terça-feira à cidade Lac-Megantic e foi escoltado pela polícia local, segundo refere a agência AFP.
No mesmo dia, a Polícia Provincial de Quebec anunciou ter aberto uma investigação penal para apurar as responsabilidades do aparatoso acidente, cujas causas ainda se desconhecem.
Lusa/SOL