RIO - Nesta quinta-feira, a American Airlines e a US Airways anunciaram que seus conselhos votaram a favor da fusão das duas empresas, criando a maior companhia aérea do mundo. O acordo ocorre mais de 14 meses depois da American Airlines entrar em recuperação judicial em novembro de 2011, e será anunciado oficialmente nesta quinta-feira. A companhia aérea terá valor de mercado de US$ 11 bilhões, segundo o jornal "Wall Street Journal".
Essa é a terceira maior fusão de empresas aéreas nos Estados Unidos desde 2008 e pode elevar os riscos de encarecimento de passagens aéreas e menos escolhas para consumidores, segundo a agência Reuters. Com a fusão, quatro empresas passam a controlar cerca de 83% de todos os assentos de voos dentro dos Estados Unidos, de acordo com o jornal "The Wall Street Journal".
O nome American Airlines será preservado e o diretor-executivo da US Airways, Doug Parker, será o diretor-executivo da companhia. A sede da empresa será em Dallas, no Texas. Ela terá 94 mil empregados, 950 aviões e 6.500 voos diários, além de um total de vendas de quase US$ 39 bilhões.
Em 2011, a American ocupava o terceiro lugar no ranking mundial das aéreas pelo critério de passageiros transportados, atrás das também americanas Delta Airlines e Southwest, de acordo com o último ranking da Iata, a associação internacional do setor. A US Airways estava em oitavo.
Pelo andamento das negociações, os credores da American, que pediram concordata em novembro de 2011, ficariam com 72% da nova companhia, e os 28% restantes ficariam nas mãos da US Airways.
Tom Horton, diretor-executivo da American e de sua controladora, a AMR, assume a presidência do Conselho de Administração da nova aérea até 2014.
O acordo é tido como uma vitória para Parker, da US Airways, que busca uma fusão com a American desde que ela anunciou a concordata. Já Horton defendia que a companhia saísse do processo de concordata primeiro, antes de qualquer união. De acordo com fontes, o lobby que Parker fez junto aos funcionários da American foi decisivo para que o negócio avançasse.
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