EVANGELHO QUOTIDIANO
"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
Segunda-feira, dia 02 de Setembro de 2013
Segunda-feira da 22ª semana do Tempo Comum
Santo do dia : Santa Doroteia, mártir, séc. II
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Faustino de Roma : «O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu»
1ª Carta aos Tessalonicenses 4,13-18.
Não queremos, irmãos, deixar-vos na ignorância a respeito dos que faleceram, para não andardes tristes como os outros, que não têm esperança.
De facto, se acreditamos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus reunirá com Jesus os que em Jesus adormeceram.
Eis o que vos dizemos, baseando-nos numa palavra do Senhor: nós, os vivos, os que ficarmos para a vinda do Senhor, não precederemos os que faleceram;
pois o próprio Senhor, à ordem dada, à voz do arcanjo e ao som da trombeta de Deus, descerá do Céu, e os mortos em Cristo ressurgirão primeiro.
Em seguida nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles sobre as nuvens, para irmos ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.
Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras.
Evangelho segundo S. Lucas 4,16-30.
Naquele tempo, Jesus foi a Nazaré, onde tinha sido criado. Segundo o seu costume, entrou em dia de sábado na sinagoga e levantou-Se para ler.
Entregaram-lhe o livro do profeta Isaías e, desenrolando-o, deparou com a passagem em que está escrito:
«O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-me a proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, a recuperação da vista; a mandar em liberdade os oprimidos,
a proclamar um ano favorável da parte do Senhor.»
Depois, enrolou o livro, entregou-o ao responsável e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele.
Começou, então, a dizer-lhes: «Cumpriu-se hoje esta passagem da Escritura, que acabais de ouvir.»
Todos davam testemunho em seu favor e se admiravam com as palavras repletas de graça que saíam da sua boca. Diziam: «Não é este o filho de José?»
Disse-lhes, então: «Certamente, ides citar-me o provérbio: 'Médico, cura-te a ti mesmo.' Tudo o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaúm, fá-lo também aqui na tua terra.»
Acrescentou, depois: «Em verdade vos digo: Nenhum profeta é bem recebido na sua pátria.
Posso assegurar-vos, também, que havia muitas viúvas em Israel no tempo de Elias, quando o céu se fechou durante três anos e seis meses e houve uma grande fome em toda a terra;
contudo, Elias não foi enviado a nenhuma delas, mas sim a uma viúva que vivia em Sarepta de Sídon.
Havia muitos leprosos em Israel, no tempo do profeta Eliseu, mas nenhum deles foi purificado senão o sírio Naaman.»
Ao ouvirem estas palavras, todos, na sinagoga, se encheram de furor.
E, erguendo-se, lançaram-no fora da cidade e levaram-no ao cimo do monte sobre o qual a cidade estava edificada, a fim de o precipitarem dali abaixo.
Mas, passando pelo meio deles, Jesus seguiu-o seu caminho.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Faustino de Roma (século IV), presbítero
A Trindade, 39-40, CCL 69, 340-341
O nosso Salvador tornou-Se verdadeiramente Cristo ou Messias na sua encarnação e permanece verdadeiro rei e verdadeiro sacerdote; Ele é em Si mesmo as duas coisas, pois nada pode diminuir o Salvador. Ouçamo-lo dizer que foi feito rei: «Fui Eu que consagrei o meu rei sobre o meu monte santo» (Sl 2,6). Ouçamos ainda o testemunho do Pai, afirmando que Ele é sacerdote: «Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque» (Sl 110,4). […] Ele é, portanto, pela sua encarnação, Salvador, sacerdote e rei. Mas recebeu a unção espiritualmente e não materialmente. Entre os israelitas, aqueles que eram sacerdotes e reis recebiam uma unção material com óleo, que fazia deles sacerdotes e reis. Nenhum deles possuía simultaneamente esses dois títulos: ou eram sacerdotes ou eram reis. A perfeição e a plenitude totais pertencem exclusivamente a Cristo, que veio levar a Lei à perfeição.
Embora nenhum deles tenha tido os dois títulos, como tinham recebido fisicamente a unção do óleo real ou sacerdotal, chamavam-lhes «messias» ou «cristos», que quer dizer «ungidos» (cf Sl 89). Enquanto o Salvador, que é verdadeiramente Cristo, foi consagrado pela unção do Espírito Santo, para realizar o que tinha sido escrito sobre Ele: «Por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com o óleo da alegria, preferindo-te aos teus companheiros» (Sl 45,8). Ele está acima dos companheiros que assumem o nome de «cristos» por causa da unção, pois foi consagrado com o óleo da alegria, que designa o Espírito Santo.