Santo do dia : Santa Maria Bertilla Boscardin, religiosa enfermeira, +1922, Santo Hugo de Cluny, abade, +1109
Ver comentário em baixo, ou carregando aqui
São Cipriano : «Se pedirdes alguma coisa ao Pai em Meu nome, Ele vo-la dará»
Livro dos Actos dos Apóstolos 18,23-28.
Depois de ter passado algum tempo em Antioquia, Paulo voltou a partir e percorreu sucessivamente a Galácia e a Frígia, fortalecendo todos os discípulos.
Entretanto, chegara a Éfeso um judeu chamado Apolo, natural de Alexandria, homem eloquente e muito versado nas Escrituras.
Fora instruído na «Via» do Senhor e, com o espírito cheio de fervor, pregava e ensinava com precisão o que dizia respeito a Jesus, embora só conhecesse o baptismo de João.
Começou a falar desassombradamente na sinagoga. Priscila e Áquila, que o tinham ouvido, tomaram-no consigo e expuseram-lhe, com mais precisão, a «Via» do Senhor.
Como ele queria partir para a Acaia, os irmãos encorajaram-no e escreveram aos discípulos, para que o recebessem amigavelmente. Quando lá chegou, pela graça de Deus, prestou grande auxílio aos fiéis;
pois refutava energicamente os judeus, em público, demonstrando pelas Escrituras que Jesus era o Messias.
Evangelho segundo S. João 16,23b-28.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Em verdade, em verdade vos digo: se pedirdes alguma coisa ao Pai em meu nome, Ele vo-la dará.
Até agora não pedistes nada em meu nome; pedi e recebereis. Assim, a vossa alegria será completa.»
«Até aqui falei-vos por meio de comparações. Está
a chegar a hora em que já não vos falarei por comparações, mas claramente vos darei a conhecer o que se refere ao Pai.
Nesse dia, apresentareis em meu nome os vossos pedidos ao Pai, e não vos digo que rogarei por vós ao Pai,
pois é o próprio Pai que vos ama, porque vós já me tendes amor e já credes que Eu saí de Deus.
Saí do Pai e vim ao mundo; agora deixo o mundo e vou para o Pai.»
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário ao Evangelho do dia feito por :
São Cipriano (c. 200-258), bispo de Cartago e mártir
A Oração do Senhor, §§ 26-28
«Não nos deixeis cair em tentação» (Mt 6,13) [...]. Quando pedimos para não cair em tentação, lembramo-nos da nossa fragilidade, para que ninguém se olhe a si mesmo com complacência, para que ninguém se eleve com insolência, se glorifique a si mesmo pela sua fidelidade ou pela sua provação, quando o próprio Senhor nos ensina a humildade, quando nos diz: «Vigiai e orai, para não cederdes à tentação. O espírito está cheio de ardor, mas a carne é débil» (Mc 14,38). Se primeiro fizermos profissão de humildade, daremos a Deus tudo o que pedirmos com temor e reverência, e podemos estar certos de que a Sua bondade no-lo concederá.
Esta oração termina com uma conclusão que reúne, numa forma breve, todos os pedidos. Dizemos no final: «Mas livrai-nos do mal.» Compreendemos, neste passo, que o inimigo pode maquinar contra nós neste mundo, mas estamos certos de ter um amparo poderoso se Deus no-lo conceder, se Ele vier em socorro daqueles que Lhe imploram. Portanto, quando dizemos: «Livrai-nos do mal», nada mais temos a pedir. [...] Ficamos fortalecidos contra todas as maquinações do demónio e do mundo. Quem poderá temer o mundo, se Deus for o nosso protector neste mundo?
Porque estranharmos que Deus nos tenha ensinado a orar desta maneira, ensinando-nos numa tão breve fórmula tudo o que devemos pedir para nossa salvação? [...] Quando o Verbo de Deus, nosso Senhor Jesus Cristo, veio para todos os homens, reuniu os doutos e os ignorantes, e forneceu os preceitos de salvação para todos, seja qual for o sexo ou a idade. Fez uma resenha concisa dos Seus preceitos [...]. Assim, quando quis ensinar em que consiste a vida eterna, sintetizou todo o mistério da vida numa fórmula de concisão maravilhosa: «Esta é a vida eterna: que Te conheçam a Ti, único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a Quem Tu enviaste» (Jo 17,3).