PORTUCÁLIA

Março 30 2013

A divulgação dos números confirmando o fraco desempenho da economia em 2012 induziu à criação de um clima de pessimismo em relação à possibilidade de recuperação do crescimento neste ano, que somente agora começa a se dissipar com os sinais incipientes de retomada da produção industrial e da consolidação dos números do bom movimento do comércio embalado pelas festas de fim de ano.

O pessimismo foi, evidentemente, exagerado, na medida em que se ignorou o progresso social a gestar uma classe média mais educada e mais exigente de qualidade dos serviços públicos, sem a qual não se consolidam as instituições democráticas capazes de aumentar paulatinamente a igualdade de oportunidades.

Avanços importantes para a sociedade brasileira foram esquecidos durante o nevoeiro. Exemplos: a redução ordenada e consistente da taxa Selic; a bem-sucedida manobra de substituição dos juros reais de 6% nos rendimentos da poupança e o controle dos aumentos de salários no serviço público por três anos. Em outras frentes, a aprovação do sistema previdenciário do funcionalismo, o enfrentamento dos custos nos setores básicos da energia e portuário, o aprendizado nos leilões de concessões nos projetos de infraestrutura para atrair o investimento privado. E, ainda, a exoneração da folha de pagamento para setores industriais, que, combinada com a desvalorização da taxa cambial, recomeça a estimular a exportação de manufatura. E houve pequenos aperfeiçoamentos no sistema tributário, com reduções pontuais nos níveis de impostos.

Por último, mas não menos importante, registre-se a melhora do entendimento entre o poder incumbente e o setor privado, capaz de convencer o empresariado de que a política econômica do governo é amigável e objetiva o aumento da competição e da produtividade. Isso pode nos levar a retomar o ritmo de um crescimento do PIB entre 3% e 4%, em 2013, como reafirmou a presidenta em recente seminário na Europa, em um encontro de empresários brasileiros e estrangeiros.

É preciso lembrar que medidas “macroprudenciais” introduzidas no começo por seu governo haviam sido recebidas inicialmente com grande ceticismo. O desenvolvimento da conjuntura mostrou que essas medidas foram não apenas altamente efetivas como talvez tenham sido subavaliadas. Posteriormente abriu-se um espaço para a redução consistente da taxa de juro real, reclamada há décadas pela economia brasileira. A maior taxa de juro real do universo conhecido promovia um movimento de capitais especulativos a favor da supervalorização da taxa de câmbio real, acentuando os inconvenientes da redução da atividade global promovida pelo controle monetário.

Em um ano, o Banco Central trouxe a Selic a 7,25%, o que, com expectativa de inflação anual da ordem de 5,5%, nos deixou com uma taxa de juro real de cerca de 2%. Longe ainda da taxa de juro real do mercado internacional, hoje por volta de 2% negativos. O atual diferencial de juro interno e externo é próximo de 4%. Em um ambiente de política cambial defensiva, ele ainda deixa margem para a exploração de oportunidades lucrativas para o capital estrangeiro de curto prazo, principalmente diante da contínua enxurrada de liquidez produzida externamente.

Com o nível de atividade atual, é claro que a preocupação com o crescimento assumiu um peso importante nas decisões do Comitê de Política Monetária (Copom), mesmo porque nossa política econômica é de “legítima defesa” contra as políticas monetárias externas que procuram desvalorizar suas moedas. É preciso ser muito desinformado para não saber que os EUA tentam abertamente reduzir seu déficit em conta corrente, não apenas aumentando sua oferta interna de energia, mas estimulando um dólar “fraco” para ampliar suas exportações.

As incertezas e as fragilidades da situação mundial serão mais prolongadas do que se supunha. E deverão nos ajudar com alguma redução da pressão inflacionária externa. Vemos que o dissenso foi mais uma questão subjetiva: como cada um vê a velocidade e a eficiência com que o mundo poderá se livrar das incertezas criadas pela crise financeira de 2007.

É difícil decidir quem, afinal, estará certo, porque o futuro continua mais opaco do que sempre foi e inexiste, de fato, uma liderança política mundial forte e bem informada. É necessária certa humildade e desconfiar das afirmações de alguns analistas supostamente portadores da verdadeira “ciência econômica”. Que na realidade não existe.

publicado por portucalia às 13:59

Março 30 2013

Ir à farmácia, a partir de sábado, deverá pesar mais no bolso do consumidor brasileiro. Isso porque a CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos), órgão do governo, autorizou o aumento nos preços dos medicamentos em todo o País, a partir do dia 30. O anúncio foi publicado no Diário Oficial da União, no dia 12.

O reajuste deve ser calculado com base no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) levantado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), entre março de 2011 e fevereiro deste ano - que ficou em 6,31%. Mesmo assim, o percentual de aumento ainda não foi definido. A expectativa é que a CMED edite resolução específica definindo o preço máximo ao consumidor dos medicamentos nos próximos dias.

Para o diretor da PBMA (Associação Brasileira das Empresas  Operadora de Programa de Benefício em Medicamentos), Rodrigo Bacellar, apesar de ser justo as empresas de medicamentos reajustarem seus produtos, a medida pode dificultar ainda mais o acesso ao remédio por parte da população. "Entendemos que é a lei do mercado. No entanto, precisamos de alguma saída que melhore as condições de quem precisa e não consegueseguir um tratamento, por não ter recursos suficientes para isso", afirma.

Pensando em baratear o custo dos remédios, Bacellar sugere o fim da cobrança do PIS, Cofins e o ICMS, por exemplo. "Recentemente foi divulgada simulação em que os remédios ficariam 11% mais baratos, se o governo cortasse o PIS e a Cofins. Em alguns casos, a diferença chegaria a 27% se houvesse isenção também do ICMS", diz. "Com a queda de investimentos públicos nessa área, é imprescindível que outras medidas sejam adotadas pelo governo, mas com urgência", conclui o especialista no setor.

publicado por portucalia às 13:48

Março 30 2013

Sabado, dia 30 de Março de 2013

VIGILIA PASCAL


Santo do dia : S. João Clímaco, religioso, +649,  S. Leonardo Murialdo, confessor, +1900,  Santa Irene, virgem (séc. IX) 

Ver comentário em baixo, ou carregando aqui 
Bento XVI: «A luz brilha nas trevas» (Jo 1,5) 

Livro de Génesis 1,1-31.2,1-2.

No princípio, quando Deus criou os céus e a terra, 
a terra era informe e vazia, as trevas cobriam o abismo e o espírito de Deus movia-se sobre a superfície das águas. 
Deus disse: «Faça-se a luz.» E a luz foi feita. 
Deus viu que a luz era boa e separou a luz das trevas. 
Deus chamou dia à luz, e às trevas, noite. Assim, surgiu a tarde e, em seguida, a manhã: foi o primeiro dia. 
Deus disse: «Haja um firmamento entre as águas, para as manter separadas umas das outras.» E assim aconteceu. 
Deus fez o firmamento e separou as águas que estavam sob o firmamento das que estavam por cima do firmamento. 
Deus chamou céus ao firmamento. Assim, surgiu a tarde e, em seguida, a manhã: foi o segundo dia. 
Deus disse: «Reúnam-se as águas que estão debaixo dos céus, num único lugar, a fim de aparecer a terra seca.» E assim aconteceu. 
Deus chamou terra à parte sólida, e mar, ao conjunto das águas. E Deus viu que isto era bom. 
Deus disse: «Que a terra produza verdura, erva com semente, árvores frutíferas que dêem fruto sobre a terra, segundo as suas espécies, e contendo semente.» E assim aconteceu. 
A terra produziu verdura, erva com semente, segundo a sua espécie, e árvores de fruto, segundo as suas espécies, com a respectiva semente. Deus viu que isto era bom. 
Assim, surgiu a tarde e, em seguida, a manhã: foi o terceiro dia. 
Deus disse: «Haja luzeiros no firmamento dos céus, para separar o dia da noite e servirem de sinais, determinando as estações, os dias e os anos; 
servirão também de luzeiros no firmamento dos céus, para iluminarem a Terra.» E assim aconteceu. 
Deus fez dois grandes luzeiros: o maior para presidir ao dia, e o menor para presidir à noite; fez também as estrelas. 
Deus colocou-os no firmamento dos céus para iluminarem a Terra, 
para presidirem ao dia e à noite, e para separarem a luz das trevas. E Deus viu que isto era bom. 
Assim, surgiu a tarde e, em seguida, a manhã: foi o quarto dia. 
Deus disse: «Que as águas sejam povoadas de inúmeros seres vivos, e que por cima da terra voem aves, sob o firmamento dos céus.» 
Deus criou, segundo as suas espécies, os monstros marinhos e todos os seres vivos que se movem nas águas, e todas as aves aladas, segundo as suas espécies. E Deus viu que isto era bom. 
Deus abençoou-os, dizendo: «Crescei e multiplicai-vos e enchei as águas do mar e multipliquem-se as aves sobre a terra.» 
Assim, surgiu a tarde e, em seguida, a manhã: foi o quinto dia. 
Deus disse: «Que a terra produza seres vivos, segundo as suas espécies, animais domésticos, répteis e animais ferozes, segundo as suas espécies.» E assim aconteceu. 
Deus fez os animais ferozes, segundo as suas espécies, os animais domésticos, segundo as suas espécies, e todos os répteis da terra, segundo as suas espécies. E Deus viu que isto era bom. 
Depois, Deus disse: «Façamos o ser humano à nossa imagem, à nossa semelhança, para que domine sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos e sobre todos os répteis que rastejam pela terra.» 
Deus criou o ser humano à sua imagem, criou-o à imagem de Deus; Ele os criou homem e mulher. 
Abençoando-os, Deus disse-lhes: «Crescei e multiplicai-vos, enchei e dominai a terra. Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todos os animais que se movem na terra.» 
Deus disse: «Também vos dou todas as ervas com semente que existem à superfície da terra, assim como todas as árvores de fruto com semente, para que vos sirvam de alimento. 
E a todos os animais da terra, a todas as aves dos céus e a todos os seres vivos que existem e se movem sobre a terra, igualmente dou por alimento toda a erva verde que a terra produzir.» E assim aconteceu. 
Deus, vendo toda a sua obra, considerou-a muito boa. Assim, surgiu a tarde e, em seguida, a manhã: foi o sexto dia. 
Foram assim terminados os céus e a Terra e todo o seu conjunto. 
Concluída, no sétimo dia, toda a obra que tinha feito, Deus repousou, no sétimo dia, de todo o trabalho por Ele realizado. 


Carta aos Romanos 6,3-11.

Irmãos:Todos nós que fomos baptizados em Cristo Jesus, fomos baptizados na sua morte. 
Pelo Baptismo fomos, pois, sepultados com Ele na morte, para que, tal como Cristo foi ressuscitado de entre os mortos pela glória do Pai, também nós caminhemos numa vida nova. 
De facto, se estamos integrados nele por uma morte idêntica à sua, também o estaremos pela sua ressurreição. 
É isto o que devemos saber: o homem velho que havia em nós foi crucificado com Ele, para que fosse destruído o corpo pertencente ao pecado; e assim não somos mais escravos do pecado. 
É que quem está morto está justificado do pecado. 
Mas, se morremos com Cristo, acreditamos que também com Ele viveremos. 
Sabemos que Cristo, ressuscitado de entre os mortos, já não morrerá; a morte não tem mais domínio sobre Ele. 
Pois, na morte que teve, morreu para o pecado de uma vez para sempre; e, na vida que tem, vive para Deus. 
Assim vós também: considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus. 


Evangelho segundo S. Lucas 24,1-12.

No primeiro dia da semana, ao romper da alva, as mulheres foram ao sepulcro, levando os perfumes que haviam preparado. 
Encontraram removida a pedra da porta do sepulcro 
e, entrando, não acharam o corpo do Senhor Jesus. 
Estando elas perplexas com o caso, apareceram-lhes dois homens em trajes resplandecentes. 
Como estivessem amedrontadas e voltassem o rosto para o chão, eles disseram-lhes: «Porque buscais o Vivente entre os mortos? 
Não está aqui; ressuscitou! Lembrai-vos de como vos falou, quando ainda estava na Galileia, 
dizendo que o Filho do Homem havia de ser entregue às mãos dos pecadores, ser crucificado e ressuscitar ao terceiro dia.» 
Recordaram-se, então, das suas palavras. 
Voltando do sepulcro, foram contar tudo isto aos Onze e a todos os restantes. 
Eram elas Maria de Magdala, Joana e Maria, mãe de Tiago. Também as outras mulheres que estavam com elas diziam isto aos Apóstolos; 


mas as suas palavras pareceram-lhes um desvario, e eles não acreditaram nelas. 
Pedro, no entanto, pôs-se a caminho e correu ao sepulcro. Debruçando-se, apenas viu as ligaduras e voltou para casa, admirado com o sucedido. 



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org 



Comentário ao Evangelho do dia feito por : 

Bento XVI, papa de 2005 a 2013 
Homilia de 7/4/2012 [da Vigília Pascal] (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev.) 

«A luz brilha nas trevas» (Jo 1,5)

Na Vigília Pascal, a Igreja fixa as suas atenções sobretudo na primeira frase da narração da Criação: «Deus disse: “Faça-se a luz”!» (Gn 1, 3). Emblematicamente, a narração da Criação começa pela criação da luz. [...] O facto de Deus ter criado a luz significa que criou o mundo como espaço de conhecimento e de verdade, espaço de encontro e de liberdade, espaço do bem e do amor. A matéria-prima do mundo é boa; o próprio ser é bom. E o mal não vem do ser que é criado por Deus, mas existe só em virtude da sua negação. É o «não».


Na Páscoa, ao amanhecer do primeiro dia da semana, Deus disse novamente: «Faça-se a luz!». Antes tinham vindo a noite do Monte das Oliveiras, o eclipse solar da paixão e morte de Jesus, a noite do sepulcro. Mas, agora, é de novo o primeiro dia; a criação recomeça, inteiramente nova. «Faça-se a luz!», disse Deus. «E a luz foi feita». Jesus ressuscita do sepulcro. A vida é mais forte do que a morte. O bem é mais forte do que o mal. O amor é mais forte do que o ódio. A verdade é mais forte do que a mentira. A escuridão dos dias anteriores dissipou-se no momento em que Jesus ressuscita do sepulcro e Se torna, Ele mesmo, pura luz de Deus.


Isto, porém, não se refere somente a Ele, nem se refere apenas à escuridão daqueles dias. Com a ressurreição de Jesus, a própria luz é novamente criada. Ele atrai-nos a todos, levando-nos atrás de Si para a nova vida da Ressurreição, e vence toda a forma de escuridão. Ele é o novo dia de Deus, que vale para todos nós. Mas como pode isto acontecer? Como é possível tudo isto chegar até nós, de tal modo que não se reduza a meras palavras, mas se torne uma realidade que nos envolve? Por meio do sacramento do Baptismo e da profissão da fé, o Senhor construiu uma ponte até nós, uma ponte pela qual o novo dia nos alcança. No Baptismo, o Senhor diz a quem o recebe: Fiat lux – faça-se a luz. O novo dia, o dia da vida indestrutível chega também a nós. Cristo toma-te pela mão. Daqui para a frente, serás sustentado por Ele e assim entrarás na luz, na vida verdadeira.

publicado por portucalia às 13:39

PORTUCÁLIA é um blog que demonstra para os nossos irmãos portugueses como o governo brasileiro é corrupto. Não se iludam com o sr. Lula.Textos literários e até poesia serão buscados em vários autores.
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