erça-feira, dia 25 de Setembro de 2012
Terça-feira da 25ª semana do Tempo Comum
Santo do dia : S. Firmino, bispo, mártir, séc. III
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Papa Bento XVI: «Minha mãe e Meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática»
Livro de Provérbios 21,1-6.10-13.
O coração do rei é como água corrente nas mãos do Senhor, Ele o dirigirá para onde quiser.
Os caminhos do homem parecem-lhe sempre rectos, mas é o Senhor quem pesa os corações.
A prática da justiça e da equidade é mais agradável ao Senhor que os sacrifícios.
Olhares altivos, coração soberbo: a lâmpada dos ímpios é o pecado.
Os projectos do homem diligente têm êxito, mas quem se precipita cai certamente na ruína.
Os tesouros adquiridos pela mentira são vaidade passageira e laço de morte.
A alma do ímpio deseja o mal; não terá compaixão do seu próximo.
Com o castigo do insolente, o ingénuo ficará mais sábio; quando se adverte o sábio, ele adquire mais saber.
O justo está atento à família do ímpio, e precipita os maus na desventura.
Aquele que se faz surdo ao clamor do pobre, também um dia clamará e não será ouvido.
Evangelho segundo S. Lucas 8,19-21.
Naquele tempo, vieram ter com Jesus sua mãe e seus irmãos, mas não podiam aproximar-se por causa da multidão.
Anunciaram-lhe: «Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem ver-te.»
Mas Ele respondeu-lhes: «Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática.»
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Papa Bento XVI
Discurso de 26/02/2009 ao clero da diocese de Roma
«Minha mãe e Meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática»Realmente Maria é a mulher da escuta: vemo-lo no encontro com o Anjo (Lc 1,26ss) e vemo-lo de novo em todas as cenas da sua vida, desde as bodas de Caná, até à cruz e até ao dia do Pentecostes. [...] Já no momento da Anunciação podemos captar a atitude de escuta: uma escuta verdadeira, uma escuta que é interiorizada, que não se limita a dizer sim mas que assimila a Palavra, que toma a Palavra, à qual se segue a verdadeira obediência, porque a Palavra foi interiorizada, isto é, tornou-se Palavra em mim e para mim. [...] Assim a Palavra torna-se encarnação.
Vemos o mesmo no Magnificat. Sabemos que é um tecido feito de palavras do Antigo Testamento. Vemos que Maria é realmente uma mulher da escuta, que conhecia a Escritura no seu coração. Não conhecia apenas alguns textos, mas identificava-se a tal ponto com a Palavra, que as palavras do Antigo Testamento se tornaram, sintetizadas, um cântico no seu coração e nos seus lábios. Vemos que a sua vida estava realmente imbuída da Palavra; tinha entrado na Palavra, tinha-a assimilado, e a Palavra tinha-se tornado vida nela, transformando-se depois de novo em Palavra de louvor e de anúncio da grandeza de Deus.
Nossa Senhora é palavra de escuta, palavra silenciosa, mas também palavra de louvor, de anúncio, porque na escuta a Palavra se torna de novo carne e assim torna-se presença da grandeza de Deus.