PORTUCÁLIA

Junho 10 2012
1.  Se o poder interior que nos rege for fiel à Natureza, ajustar-se-á sempre
prontamente às possibilidades e oportunidades oferecidas pelas circunstâncias.
Não exige material predeterminado; na perseguição dos seus objectivos está
pronto para o compromisso; os obstáculos ao seu progresso são simplesmente
convertidos em matéria para seu próprio uso. É como uma fogueira a dominar
um monte de lixo, que se tivesse reduzido a um débil brilho; mas a chama
ardente depressa assimila a matéria, consome-a e dá ainda mais vida à
fogueira.

2. Não tomes nenhuma iniciativa ao acaso, ou sem teres em atenção os
princípios que regem a sua própria execução.

3. Os homens procuram a solidão no deserto, na praia ou nas montanhas — um
sonho que tu próprio tanto tens acarinhado. Mas tais fantasias são totalmente
impróprias de um filósofo, uma vez que em qualquer altura que queiras podes
recolher-te dentro de ti próprio. Não há para o homem refúgio algum mais
silencioso e mais tranquilo do que a própria alma; sobretudo para quem possua,
em si mesmo, recursos que apenas precisa de contemplar para assegurar uma
paz de espírito imediata — paz que é apenas outro nome para um espírito bem
organizado. Aproveita, pois, este retiro com frequência e renova-te
continuamente. Traça para a tua vida regras sumárias, mas que abranjam o
fundamental; o retorno a elas bastará para remover todas as aflições e te
reenviar sem desgaste para os deveres a que tens de voltar.
Afinal, o que é que te aflige? Os vícios da humanidade? Lembra-te da doutrina

que diz que todos os seres racionais são criados uns para os outros; que a
tolerância é parte da justiça; e que os homens não são malfeitores intencionais.
Pensa na miríade de inimizades, suspeitas, animosidades e conflitos que se
extinguiram juntamente com o pó e as cinzas dos homens que os
experimentaram; e não te aflijas mais.
Ou é a parte que te coube em sorte no universo que te agasta? Recorda uma
vez mais o dilema, «se não uma sábia Providência, então um simples
amontoado de átomos», e pensa na profusão de indícios de que este mundo é
como que uma cidade. São os males do corpo que te afligem?
publicado por portucalia às 21:19

Junho 10 2012

publicado por portucalia às 18:55

Junho 10 2012

Domingo, dia 10 de Junho de 2012

10º Domingo do Tempo Comum - Ano B


Santo do dia : Santo Anjo da Guarda de Portugal 

Ver comentário em baixo, ou carregando aqui 
Bem-Aventurado João Paulo II: O pecado contra o Espírito Santo 

Evangelho segundo S. Marcos 3,20-35.

Naquele tempo, Jesus chegou a casa com os seus discípulos. E de novo a multidão acorreu, de tal maneira que nem podiam comer. 
E quando os seus familiares ouviram isto, saíram a ter mão nele, pois diziam: «Está fora de si!» 
E os doutores da Lei, que tinham descido de Jerusalém, afirmavam: «Ele tem Belzebu!» E ainda: «É pelo chefe dos demónios que expulsa os demónios.» 
Então, Jesus chamou-os e disse-lhes em parábolas: «Como pode Satanás expulsar Satanás? 
Se um reino se dividir contra si mesmo, tal reino não pode perdurar; 
e se uma família se dividir contra si mesma, essa família não pode subsistir. 
Se, portanto, Satanás se levanta contra si próprio, está dividido e não poderá subsistir; é o seu fim. 
Ninguém consegue entrar em casa de um homem forte e roubar-lhe os bens sem primeiro o amarrar; só depois poderá saquear-lhe a casa. 
Em verdade vos digo: todos os pecados e todas as blasfémias que proferirem os filhos dos homens, tudo lhes será perdoado; 
mas, quem blasfemar contra o Espírito Santo, nunca mais terá perdão: é réu de pecado eterno.» 
Disse-lhes isto porque eles afirmavam: «Tem um espírito maligno.» 
Nisto chegam sua mãe e seus irmãos que, ficando do lado de fora, o mandam chamar. 
A multidão estava sentada em volta dele, quando lhe disseram: «Estão lá fora a tua mãe e os teus irmãos que te procuram.» 
Ele respondeu: «Quem são minha mãe e meus irmãos?» 
E, percorrendo com o olhar os que estavam sentados à volta dele, disse: «Aí estão minha mãe e meus irmãos. 
Aquele que fizer a vontade de Deus, esse é que é meu irmão, minha irmã e minha mãe.» 



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org 



Comentário ao Evangelho do dia feito por : 

Bem-Aventurado João Paulo II 
Encíclica «Dominum et vivificantem», § 46 

O pecado contra o Espírito Santo

Por que razão é a «blasfémia» contra o Espírito Santo imperdoável? Em que sentido devemos entender esta «blasfémia»? São Tomás de Aquino responde que se trata de um pecado «imperdoável pela sua própria natureza, porque exclui aqueles elementos graças aos quais é concedida a remissão dos pecados». Segundo tal exegese, a «blasfémia» não consiste propriamente em ofender o Espírito Santo com palavras; consiste, antes, na recusa de aceitar a salvação que Deus oferece ao homem mediante o mesmo Espírito Santo, que age em virtude do sacrifício da Cruz. Se o homem rejeita este deixar-se «convencer quanto ao pecado», que provém do Espírito Santo e tem carácter salvífico, rejeita contemporaneamente a «vinda» do Consolador: aquela «vinda» que se efectuou no mistério da Páscoa, em união com o poder redentor do Sangue de Cristo, o Sangue que «purifica a consciência das obras mortas».


Sabemos que o fruto desta purificação é a remissão dos pecados. Por conseguinte, quem rejeita o Espírito e o Sangue permanece nas «obras mortas», no pecado. E a «blasfémia contra o Espírito Santo» consiste exactamente na recusa radical desta remissão de que Ele é o dispensador íntimo, e que pressupõe a conversão verdadeira, por Ele operada na consciência. Se Jesus diz que o pecado contra o Espírito Santo não pode ser perdoado, nem nesta vida nem na futura, é porque esta «não-remissão» está ligada, como à sua causa, à «não-penitência», isto é, à recusa radical da conversão.


A blasfémia contra o Espírito Santo é o pecado cometido pelo homem, que reivindica o seu pretenso «direito» de perseverar no mal — em qualquer pecado — e recusa por isso mesmo a Redenção. O homem fica fechado no pecado, tornando impossível da sua parte a própria conversão e também, consequentemente, a remissão dos pecados, que considera não essencial ou não importante para a sua vida. É uma situação de ruína espiritual, porque a blasfémia contra o Espírito Santo não permite ao homem sair da prisão em que ele próprio se fechou.

publicado por portucalia às 18:36

PORTUCÁLIA é um blog que demonstra para os nossos irmãos portugueses como o governo brasileiro é corrupto. Não se iludam com o sr. Lula.Textos literários e até poesia serão buscados em vários autores.
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