PORTUCÁLIA

Maio 17 2012

 

 

 

 

 

 

 

A Festa de Inauguração do Jardim Municipal

 

Crônica Semanal nº 224, lida pelo autor, Professor Sylvio Passos, ao microfone da Rádio Cultura Rio Branco, em 16 de outubro de 1955, e publicada posteriormente no jornal “Visconde do Rio Branco”.

 

Amanhã faz 46 anos que foi inaugurado o Jardim Municipal de nossa cidade. De fato, foi em 17 de outubro de 1909 que, entre grandes festas, realizou-se a solenidade de inauguração do principal logradouro de nossa terra, denominado atualmente de “Parque Municipal Peixoto Filho”.

Convido vocês, amigos ouvintes da Rádio Cultura, que acompanham semanalmente a nossa crônica, a fazer uma viagem ao passado. Nas ondas sonoras desta valsa que estamos ouvindo, viajando em um imaginário túnel do tempo - coisa que anda tão em moda hoje em dia - vamos nos locomover até aqueles dias já distantes da história do nosso Rio Branco...

Estamos, pois, em outubro de 1909. Rio Branco é, ainda, uma cidade de ruas barrentas, iluminadas por lampiões de querosene. A Igreja Matriz ainda está em construção. Grandes andaimes cercam as grossas paredes e colunas, que sustentarão uma bela torre, onde um grande sino e um relógio vão marcar a vida da Cidade por décadas...

As missas de domingo são rezadas pelo Vigário Padre Antônio Raimundo, lá na capelinha da Água Limpa, ao lado do solar do Dr. Lucas Lacerda, que é um dos três médicos da cidade... Dos outros dois, sabemos que o Dr. Correia Dias é incansável batalhador, que vive falando aos quatro ventos e a todo o mundo sobre a necessidade de se construir um hospital em Rio Branco. O outro médico, o Dr. Carlos Soares de Moura, dedica-se de corpo e alma à política, buscando sempre trazer melhoramentos e benfeitorias para a cidade, sendo o chefe do partido apelidado de “Jagunços”. Sonha com a criação de um grupo escolar para a Cidade. O outro político de destaque local é o deputado Carlinhos Peixoto Filho, chefe dos “canelas lisas”, como apelidou o povo. O Juiz de Direito da Comarca é o Dr. Adelgício Cabral e o Presidente da Câmara é o Dr. Eugênio de Melo

Entre as figuras importantes, presentes à solenidade de inauguração do Jardim, observamos altas patentes que dariam para formar um verdadeiro “exército rio-branquense”. Ali vemos, em uma animada conversa, o Major Veríssimo Lage, o Capitão Adeodato de Almeida, O Tenente Teodolindo Soares, o Coronel Cassiano Mesquita, o Tenente Silvino Reis, o Major Leôncio Câmara, o Major Firmino Pinto, o Capitão Luiz Fernandes Braga, o Major Belmiro Augusto, o Capitão Artur Monteiro, o Major Carlos de Melo e tantos outros. A maioria dos presentes é de grandes fazendeiros, pois grande parte da população ainda vive na zona rural, mas várias famílias têm também casa na Cidade.

A grande novidade na política nacional, que todos comentam, alguns com efusivos elogios e outros com crítica velada, é a candidatura do intelectual Rui Barbosa à Presidência da República, ele que recentemente se destacou em termos internacionais na famosa conferência de Haia, na Holanda. Mas as conversas adquirem um tom mais provinciano, notando-se a satisfação de todos em compartilhar esse momento tão esperado pelo povo rio-branquense: a inauguração de seu parque municipal, cujo traçado é de grande beleza. Esta Praça 28 de Setembro, por certo, será ponto de encontro de muitas gerações de cidadãos.

Há uma cerca de fios de arame em volta de todo o Jardim e um portão de réguas de madeira bem em frente à Matriz em construção, perto do alto cruzeiro de madeira que se eleva em pleno adro da Igreja.

Até recentemente, o local onde hoje está sendo inaugurado o magnífico Jardim Municipal era um grande matagal que servia de pastagem para animais. Somente algumas trilhas davam acesso ao prédio da Câmara Municipal, ao Fórum e ao local onde está sendo construída a Matriz. Aqui, também, era o ponto de parada das numerosas charretes e carros de bois que traziam as famílias residentes na zona rural, local onde se colocavam os animais para descansar, beber água e se alimentar, enquanto as pessoas iam às compras nos poucos estabelecimentos comerciais da cidade. Segundo informa o Presidente da Câmara Eugênio de Melo, a Praça e o Jardim Municipal serão muito bem cuidados pela municipalidade e será cobrada multa a quem desrespeitar as regras de manutenção do  parque.     

As árvores do novo jardim ainda estão pequenas. As maiores ainda não ultrapassam a estatura de um homem. Foram, recentemente, plantadas pelas mãos calosas e diligentes do jardineiro Seu Câmara, que cuida amorosamente de suas árvores como se fossem suas próprias filhas.   

O local está todo enfeitado de cordões de bandeirolas multicores, o que dá um ar festivo à praça principal da cidade. As ruas estão cheias de gente que veio assistir à festa. Famílias inteiras vieram alegres participar do acontecimento. Muitos meninos vestem garbosamente suas roupinhas de marinheiro enquanto as meninas trajam vestidos finamente bordados, com enormes laços de fita na cintura e nos cabelos ostentam chapéus ou fitas coloridas. As mocinhas divertem-se fagueiras com as amigas, olhando de longe os rapazes que lhes fazem a corte. Muitas aproveitam a distração de seus pais, em animada conversa, para troca de olhares, entrega de bilhetes e um rápido namoro com os galantes rapazes.

Há uma porção de gente rodeando o quiosque azul de seu João Evangelista, instalado junto ao Jardim, quase na esquina da rua que vai para a Praça da Estação. As pessoas estão ali comprando cocadas e pés-de-moleque para as senhoras e crianças enquanto os homens tomam um aperitivo.

No coreto, recentemente construído, já estão os músicos que vão abrilhantar a festa, no meio de uma porção de senhores de fraque, cartolinhas, chapéus-côco e alguns de paletó escuro de alpaca e calças brancas. As senhoras e moças usam vestidos compridos até o chão e cabelos penteados em coques. Numerosa multidão se espalha entre as alamedas floridas onde se destacam canteiros de petúnias, amores-perfeitos, bocas-de-lobos, e outras flores viçosas.  

As pessoas observam que o cuidadoso jardineiro, Seu Câmara, escreveu, com grama e flores de cores variadas, palavras de homenagem ao atual Presidente da Câmara Eugênio de Melo e ao Coronel Canedo. Por que mesmo a homenagem ao Coronel? Ah!... É porque ele, quando ocupou anteriormente o cargo de chefe do executivo municipal, custeou as primeiras despesas com a construção do jardim com dinheiro de seu próprio bolso.

Nos grupos que se formam aqui e ali, as pessoas elogiam a beleza da planta do jardim, oferta do Dr. Miguel Calmon, ex-ministro da Viação durante o governo Afonso Pena, o qual, por ser grande amigo do Deputado Carlos Peixoto Filho, assim presenteou a cidade. Fazem referência, também, ao cuidado com que os engenheiros Drs. Gregório de Miranda Pinto e Elias dos Reis zelaram pela rigorosa observância do projeto do Jardim.

Um dos presentes se gaba, numa roda de amigos, de uma grande novidade que enche os demais de inveja: imaginem que ele andou de automóvel em sua recente viagem ao Rio de Janeiro!...  Outro diz orgulhosamente que já conversou ao telefone e aproveita a ocasião para explicar aos demais como funciona essa novidade que ainda vai demorar muito a chegar à Cidade...

Após ouvirem todos alguns números musicais executados pelas bandas de música, faz-se silêncio e é iniciada a solenidade. É dada a palavra ao grande orador, o Vigário Padre Antônio Raimundo, que faz um longo e erudito discurso, em que enaltece a beleza das flores e dos jardins com que Deus engalanou a natureza; cita versos de Cassimiro de Abreu e de Olavo Bilac, faz alusões a Lineu, a Kepler e a outros famosos nomes da ciência e das artes, como Leonardo da Vinci, Rafael, Miguel Ângelo e esclarece que, em todo o mundo civilizado, as árvores e as flores são cultivadas com carinho e com respeito porque não são apenas ornamentos, mas prestam incalculáveis benefícios à Humanidade, purificando a atmosfera e amenizando o clima.

“... Não penseis, senhores – lá está dizendo o Padre Raimundo - não penseis que os jardins que, nas grandes metrópoles e opulentas cidades desafiam a admiração, constituem um tema banal de vaidade ou ostentação de um luxo estólido. Não!... Assim como lá nas regiões do éter cada letra do alfabeto que Deus gravou na tela azul do firmamento tem seu destino e suas leis imutáveis, também na terra as florestas, os bosques e as flores, outras tantas estrofes da epopéia divina, obedecem ao império das leis da utilidade para higiene do Homem. Não foi em vão, senhores, que a Divina Onipotência criou tão variadas plantas que se dobram graciosas a misteres importantes!...”

E prossegue o Padre Raimundo em seu discurso que é uma verdadeira conferência. Calorosa e prolongada salva de palmas coroa as palavras finais do orador.

As bandas de música da cidade continuam sua retreta, espalhando pelos ares acordes maravilhosos que se prolongam por muito tempo. Os presentes ouvem a “Filarmônica Carlos Gomes”, sob a regência do Maestro Tenente Teodolindo Soares e a “Comércio e Arte”, regida pelo Maestro Elias Costa. A bela retreta musical vem coroar esse dia memorável da história rio-branquense.

Agora, amigos, tomemos de volta o nosso imaginário túnel do tempo para o presente e vejamos o quanto o nosso Rio Branco evoluiu nesses quase cinqüenta anos!... Nossa Praça 28 de Setembro, com suas majestosas palmeiras imperiais, tem sido cenário de grandes festividades, de manifestações religiosas e cívicas, de desfiles militares e estudantis.  À sombra dessas árvores, quantas crianças têm brincado, quantas juras de amor têm sido trocadas por alegres pombinhos apaixonados, quantas confabulações políticas têm sido feitas!... E em todos esses tempos, nossa praça tem sido sempre um local de paz e de lazer, para onde nos dirigimos quase diariamente. É nela que pensam nossos conterrâneos que se vão para outras paragens a viver suas vidas, quando sentem o doce perfume da saudade.

Agora que conhecemos melhor mais um capítulo da história de nossa terra, desfrutemos, pois, ainda mais, as delícias de nosso parque municipal, ponto de encontro preferido de todos nós rio-branquenses.      

         

publicado por portucalia às 22:56

Maio 17 2012

Desmistificada a campanha do aquecimento global, o programa Fantástico, da Rede Globo, entra com novo quadro para seguir atemorizando a população, agora com ideias neomalthusianas.

Não constitui nenhum segredo o esforço magistral com que a Rede Globo tentou emplacar a tese do aquecimento global, em notória e estrita fidelidade aos projetos de governança mundial, a cumprir com leal disciplina o seu papel de doutrinadora de massas.

A começar pela divulgação do famoso vídeo de Al Gore, passando por inúmeros programas exibidos em vários horários para difundir a trágica ameaça aquecimentista, pela mobilização de ONG's de idoneidade discutível, pela apresentação de inserções e vinhetas entre outros programas e culminando especialmente por quadros especiais inaugurados no horário nobre dominical – quem se lembra daqueles programas de gigantescos cubos de carbono? - não há a mais remota chance de esta emissora alegar inocência.

Muito pelo contrário, mesmo diante de respeitáveis opiniões divergentes e de todas as mais relevantes evidências, e ainda, mesmo diante da histórica invasão de hackers que trouxeram ao conhecimento do público vários e-mails da Unidade de Pesquisas Climáticas da Universidade de East Anglia, que faziam parte da comunicação entre influentes cientistas pró-aquecimento global, na qual mostravam claramente a manipulação de dados, a Rede Globo  - sempre faço questão de frisar: a despeito de seus pomposamente anunciados “princípios editoriais” - em todas as oportunidades replicou com novas reportagens pretendentes a desmentir os ocorridos e desacreditar os cientistas que já a altura eram pejorativamente alcunhados pelos “aquecimentistas” como “negacionistas”.

Pois, chegado a termo o embuste, selado com chave de ouro pelas últimas declarações do Dr Ricardo Augusto Felício, professor de climatologia da USP, junto à imprensa, em ratificação a anteriores advertências do respeitável Dr. Luís Carlos Molion, nada mais resta da história a não ser identificarmos e gravarmos bem os protagonistas disto que se tornou um verdadeiro crime de estelionato em dimensões mundiais, no mínimo, para vacinarmo-nos contra novas investidas mal-intencionadas.

Ora, dignos leitores, mantenham-se vigilantes, pois novas empulhações já estão sendo anunciadas: refiro-me ao programa do Fantástico intitulado “Planeta Terra: Lotação Esgotada”, a vir ao ar no próximo domingo, dia 20 de maio de 2012, no qual a gigante da TV brasileira visa alimentar nos seus telespectadores o medo da superpopulação do planeta, a partir do requentamento das rechaçadas, rechaçadas e rechaçadas teorias malthusianas e darwinistas, segundo as quais a produção de alimentos não há de acompanhar o crescimento populacional, e que os recursos estão em estado de exaurimento.

Vale a pena reproduzir aqui a síntese, tal como redigida pelos seus responsáveis, seguida dos meus comentários:

Somos 7 bilhões de pessoas. Chegamos ao limite do nosso planeta? Afinal, quantas pessoas a Terra pode suportar? A partir do próximo domingo (20), você vai acompanhar uma investigação que rodou o mundo. Nossos repórteres viajaram pelos cinco países mais populosos da Terra. Eles foram até a África mostrar o continente que mais cresce no mundo e impacto do aumento populacional.

Meu comentário: Só sete bilhões? Por favor, acordem-me quando chegarmos aos setenta! Isto aí não dá nem para encher o estado de São Paulo, mesmo que cada um dos cidadãos morasse em uma mansão. Bom, mas tomando por certo que a África seja o continente de maior crescimento vegetativo, quem disse que ela é o melhor modelo de solução dos problemas da fome, das doenças e da preservação ambiental?

Como podemos alimentar, vestir, fornecer água, energia e moradia para tanta gente? Soluções tecnológicas para gerar energia e produzir mais comida. É possível tirar bilhões de pessoas da miséria sem condenar o ambiente? A luta contra as forças de um planeta maltratado. E os esforços para preservar espécies em extinção. Você vai ver a partir de domingo que vem em uma nova série no Fantástico, “Planeta Terra: Lotação Esgotada”.

 A jornalista Sonia Bridi visita os países mais populosos do mundo - China, Índia, Indonésia, Estados Unidos, além do Brasil - e viaja pela África, o continente que mais cresce, para mostrar o que precisa mudar e também algumas soluções sustentáveis que já foram encontradas para preservar espécies em extinção e gerar energia ou mais comida, sem maltratar a natureza.

Meu comentário: que tal a sociedade livre capitalista, sem intervenções estatais? Uma dica: façam um passeio de foguete – ou acessem o Google Earth, que é bem mais barato – e constatem que os países industrializados possuem uma cobertura vegetal bem mais preservada do que os pertencentes ao bloco comunista ou recém-saídos dele, bem como os do primitivo terceiro mundo. A área coberta dos EUA hoje é maior do que no tempo da colonização. Nunca a produção de alimentos foi tão grande – e continua crescendo!

O primeiro episódio da série apresenta soluções encontradas pela China e pelos moradores de Ruanda para garantir o desenvolvimento sustentável das populações. A repórter mostra como os chineses fizeram para controlar o crescimento populacional do país com a política do filho único e, na África, conta a história de Ruanda. O país africano passou por um genocídio étnico em 1994 e conseguiu dar a volta por cima e recuperar a qualidade de vida de seus moradores após o massacre. Através da preservação dos gorilas da Montanha dos Gorilas e do turismo estrangeiro gerado pelo interesse nos animais, eles geram hoje recursos que garantem a sobrevivência da população local.

Proibir as famílias de gerarem um segundo filho e executar a laqueadura forçada das trompas nas mulheres é a solução? Pois saibam que a China enfrenta sim, hoje, um gravíssimo problema de ordem previdenciária, pois a política de filhos únicos provocou uma inversão da pirâmide etária que está para gerar grandes transtornos econômicos de repercussões mundiais. Quanto a Ruanda... abrir zôos é a solução? Aff...

Como se poderá ver, já no primeiro episódio o argumento se pauta pelo controle limitador da população, a legitimar as pesadas campanhas contraceptiva, abortista, eutanasista e gayzista que já estamos faceando em larga escala pelos meios de comunicação.

Jamais na história Thomas Malthus e Charles Darwin deram uma dentro, a não ser olhando para o passado ou tomando como modelo a tenebrosa vida dos animais irracionais na natureza. A liberdade dos seres humanos sempre estimulou a criatividade, com resultados cada vez mais fantásticos de produtividade na produção de alimentos, geração de energia,  educação, comunicação, vestuário, transporte, medicina e todos os outros âmbitos da vida material.

A grotesca proposta sociológica - estudar a população para manipulá-la como um um terno jogo de lego - não passa de arrogante cientificismo que se jacta do alto de sua soberba ignorância e magnificentíssima insignificância a fim de pretender ocupar um lugar que jamais será seu por direito: o trono de Deus.

Aqueles que pregam as teorias malthusianas e darwinistas - que não são outros que não os coletivistas socialistas – somente têm em mente construir os seus mirabolantes planos para dominar a sociedade com o fito de viver nababescamente às custas do trabalho dos demais. Como diz o ditado popular: “enquanto houver cavalo, São Jorge não anda a pé”. Quem quer carregar estes tipos nas costas?

 

Comento :  Gostei muito desta final  e neste pobre país, que se chama Brasil, existem milhões de S. Jorge que descem do cavalo para jogar futebol e aplaudem que o governicho destine bilhões de reais para o futebol e  deixe os hospitais sem médicos, equipamento e remédios.  


publicado por portucalia às 16:51

Maio 17 2012
LIVRO 3

1. A consumição diária da vida, acompanhada da permanente redução do
remanescente, não é a única coisa que temos de ter em consideração. Porque,
mesmo que os anos de um homem se prolonguem, temos ainda assim de levar
em linha de conta que é duvidoso que o seu espírito continue a manter a sua
capacidade para a compreensão da actividade ou para o esforço contemplativo
necessário à apreensão das coisas divinas e humanas. O começo da senilidade
pode não envolver qualquer perda dos poderes de respiração ou alimentação,
ou das sensações, impulsos, etc., contudo, a capacidade de usar plenamente as
suas faculdades, de avaliar correctamente as exigências do dever, de coordenar
todos os problemas que se lhe levantam, de ajuizar se chegou a altura de pôr
fim aos seus dias na terra, ou de tomar qualquer outra das decisões que
requerem o exercício de um intelecto experimentado, já está em declínio.
Devemos, pois, apressar-nos, não simplesmente porque a cada hora nos
aproximamos mais da morte, mas porque mesmo antes disso o nosso poder de
percepção e compreensão começa a deteriorar-se.
Outra coisa em que devemos reparar é no encanto e na fascinação que há
mesmo nas casualidades dos processos da Natureza. Quando um pão, por
exemplo, está no forno, começa a ficar com fendas aqui e ali; e estes defeitos,
não intencionais, na cozedura, têm um carácter próprio, e aguçam o apetite. Os
figos, também, quando maduros, abrem-se em fendas. Quando as azeitonas
estão para cair, a própria iminência do declínio acrescenta a sua beleza ao fruto.
Assim, também a cabeça caída de um pé de milho, a pele enrugada de um leão
assanhado, o pingo de espuma caindo das mandíbulas de um urso selvagem, e
muitas mais coisas deste tipo, não são nada belas se vistas em si próprias;
contudo, como consequências de um outro processo da Natureza, elas dão a
sua contribuição para o seu encanto e atracção.
2
.  Assim, a um homem de suficientemente profunda sensibilidade e capacidade
de penetração intelectual nas obras do universo, quase tudo, mesmo que mais
não seja do que um mero subproduto de qualquer outra coisa, parece
acrescentar o seu galardão de prazer adicional. Um homem assim olhará as
fauces escarninhas de um leão real com a mesma admiração com que olharia a
sua representação plástica feita por um artista ou por um escultor; e o olhar de
discernimento deixá-lo-á ver do mesmo modo o encanto maduro dos homens e
mulheres de idade e a frescura sedutora da juventude. Coisas deste tipo não
atraem toda a gente; só quem cultivou uma intimidade real com a Natureza e as
suas obras fica impressionado com elas.

3 Hipócrates curou os males de muita gente, mas ele próprio adoeceu e
morreu. Os Caldeus previram a morte de muita gente, mas o destino apanhou-os
também a eles. Alexandre, Pompeu e Júlio César devastaram e voltaram a

devastar cidades inteiras e abateram batalhões de cavalaria e infantaria em
combate, mas também a sua hora chegou. Heráclito especulava
interminavelmente sobre a destruição do mundo pelo fogo, mas no fim foi a água
que lhe saturou o corpo e morreu num emplastro de excrementos. Demócrito
foi destruído por insectos; Sócrates por insectos de outro tipo

. E a moral de
tudo isto? Esta. Embarca-se, faz-se a viagem, chega-se ao porto: desembarcase, então. Noutra vida? Há deuses por toda a parte, mesmo no além. Na
insensibilidade final? Então ficaremos fora do alcance da dor e do prazer, e já
não escravos desta embarcação terrena, tão incomensuravelmente mais
mesquinha do que o seu ministro assistente.

publicado por portucalia às 16:34

Maio 17 2012

A imagem de Nossa Senhora de Fátima chegou hoje, dia 17, em S. José do Rio Preto e visitará várias igrejas onde será venerada e onde serão celebradas missas de Ação de Graças.

publicado por portucalia às 16:23

Maio 17 2012
publicado por portucalia às 16:19

Maio 17 2012

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Quinta-feira, dia 17 de Maio de 2012

Rogações


Santo do dia : S. Pascoal Bailão, religioso leigo, +1592,  Beata Antónia Mesina, virgem, mártir, +1935 

Ver comentário em baixo, ou carregando aqui 
Jean Tauler : «Para ir onde Eu vou, conheceis o caminho» 

Evangelho segundo S. João 16,16-20.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Ainda um pouco, e deixareis de me ver; e um pouco mais, e por fim me vereis.» 
Disseram entre si alguns dos discípulos: «Que é isso que Ele nos diz: 'Ainda um pouco, e deixareis de me ver, e um pouco mais, e por fim me vereis'? E também: 'Eu vou para o Pai'?» 
Diziam, pois: «Que quer Ele dizer com isto: 'Ainda um pouco'? Não sabemos o que Ele está a anunciar!» 
Jesus, percebendo que o queriam interrogar, disse-lhes: «Estais entre vós a inquirir acerca disto que Eu disse: 'Ainda um pouco, e deixareis de me ver, e um pouco mais, e por fim me vereis'? 
Em verdade, em verdade vos digo: haveis de chorar e lamentar-vos, ao passo que o mundo há-de gozar. Vós haveis de estar tristes, mas a vossa tristeza há-de converter-se em alegria! 



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org 



Comentário ao Evangelho do dia feito por : 

Jean Tauler (c. 1300-1361), dominicano em Estrasburgo 
Sermão 20, 3º para a Ascensão 

«Para ir onde Eu vou, conheceis o caminho»

«Então, o Senhor Jesus, depois de lhes ter falado, foi arrebatado ao Céu». [...] Os membros do Corpo de Cristo devem seguir o seu chefe, a sua cabeça, que foi arrebatado hoje. Ele precedeu-nos, para nos preparar um lugar (cf. Jo 14,2), para que nós, que O seguimos, possamos dizer como a noiva do Cântico dos Cânticos: «Arrasta-me atrás de ti» (1,4). [...]


Queremos segui-Lo? Devemos ter também em consideração o caminho que Ele nos mostrou durante trinta e três anos: caminho de pobreza, de despojamento, por vezes muito amargos. Mas temos de seguir esse mesmo caminho se quisermos chegar, com Ele, acima de todos os céus. Mesmo quando todos os mestres estiverem mortos e todos os livros queimados, encontraremos sempre, na Sua santa vida, um ensinamento suficiente, pois Ele mesmo é o caminho e nenhum outro (cf. Jo 14,6). Sigamo-Lo, portanto.


Tal como o íman atrai o ferro, assim o amável Cristo atrai a Si todos os corações a quem tocou. O ferro tocado pela força do íman é elevado acima do que lhe é natural, sobe, seguindo-o, embora isso seja contrário à sua natureza. Já não tem repouso até ser elevado acima de si próprio. Assim também, que todos aqueles que são tocados no mais fundo do coração por Cristo já não retêm, nem a alegria, nem o sofrimento. Elevaram-se acima de si próprios até Ele. [...]


Quando não somos tocados não devemos imputá-lo a Deus. Deus toca, empurra, adverte e deseja igualmente todos os homens, quer da mesma maneira a todos os homens, mas a Sua acção, a Sua advertência e os Seus dons são recebidos e aceites de formas muito diversas. [...] Nós amamos e procuramos outras coisas que não Ele, por isso os dons que Deus oferece sem cessar a cada homem ficam muitas vezes por utilizar. [...] Só poderemos sair desse estado de alma com um zelo corajoso e decidido e com uma oração muito sincera, interior e perseverante.

publicado por portucalia às 16:08

Maio 17 2012







<Estive em Brasília  neste mês de  maio pela quarta vez.  Cada vez que ali vou mais me convenço que Brasília -é JK.  Estas duas letras do nome do presidente que a fundou, JUscelino Kubitscheke, está presente  em toda  cidade e nas cidades satélites.  Olho para um lado vejo Supermercado JKI, Condomínio JK,  Casa de Carnes JK.  Livraria JK,  Oficina JK e assim por diante.  Não vi  nome do atual presidente  ou dos que passaram em lugar algum ou, quando no muito pixado em muros com os respectivos palavrões.  .  ParA mim é uma demonstração de como este povo ama o fundador da nova capital do Brasil.  Os militares, durante a ditadura, numa demonstração de pequenez e de mediocridade proibiram o Fundador de entrar na cidade que criou.  Vivia numa fazenda há mais de  60  quilômetros de Brasília e sempre vigiado de perto.  Mas o tempo, que é o Senhor da História, jogou na lata de lixo todos estes generais  e corornéis e colocou bem alto  a estatura  e o nome de JK.  JK sempre sorridente acenando com o seu chapéu para o povo que não o esquece.</p>



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publicado por portucalia às 00:44

Maio 17 2012
Holocausto praticam os árabes contra seus próprios irmãos islâmicos, que adotaram o fraticídio todos os dias com barbarismo ( bérberes) das cavernas ( ou tribos medievais do deserto) , e atos hediondos de terrorismo entre si massacrando minorias por puro preconceito ( Xiitas, sunitas, curdos e outras etnias), onde ainda praticam a escravidão branca.


Se não respeitam as minorias dos mais fracos de seu próprio povo, a quem vão respeitar? Como lidar com esse povo? Se vc conhece a fórmula, divulgue agora
publicado por portucalia às 00:39

PORTUCÁLIA é um blog que demonstra para os nossos irmãos portugueses como o governo brasileiro é corrupto. Não se iludam com o sr. Lula.Textos literários e até poesia serão buscados em vários autores.
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