PORTUCÁLIA

Setembro 15 2012

 

Ossos, tecido e pelos foram encontrados na Rússia, cientistas afirmam que análises devem determinar se existem células vivas nos restos

Homem toca escultura gigante de bronze de um mamute na cidade siberiana  Khanty-Mansiysk em 2011

Estátuas de mamute na cidade russa de Khanty-Mansiysk, que fica a cerca de 1.900 quilômetros de Moscou. Fragmentos de um exemplar foram encontrados em agosto na Sibéria (Natalia Kolesnikova/AFP)

Cientistas russos e sul-coreanos afirmam terem encontrado novos fragmentos de tecido de mamute lanoso no leste da Sibéria que podem conter células vivas. A descoberta, realizada em agosto, pode dar um 'empurrão' em pesquisas que pretendem clonar um exemplar da espécie, que foi extinta há mais de 4.000 anos.

Leia também: Dez anos depois, clonagem de mascotes ainda não decolou

Os cientistas agora vão analisar o material em busca das células vivas nos tecidos, que estavam em uma região de geleiras permanentes de Yakutia, a 100 metros de profundidade. A pesquisa pode demorar meses.

 

Saiba mais

MAMUTE LANOSO
O mamute lanoso (Mammtuhus primigenius) é uma espécie adaptada ao frio da Sibéria. Esses animais tinham o corpo coberto por pelos castanhos longos que formavam uma cobertura espessa contra o clima gelado. São parentes próximos dos elefantes asiáticos e africanos.

ERA DO GELO
É todo período geológico em que ocorre significativa diminuição na temperatura da Terra. Mantos de gelo se expandem pelos continentes e glaciações atingem a superfície e a atmosfera do planeta. Nos últimos milhões de anos, a Terra viveu várias eras glaciais, ocorrendo a intervalos de 10.000 a 100.000 anos. A última grande era glacial teve seu pico há 25.000 anos e terminou 11.000 anos atrás, aproximadamente.

"Somente após analises de laboratório vamos poder determinar se existem algumas células vivas ou não. Parece que algumas ainda têm o núcleo intacto", disse o professor  Semyon Grigoryev, da Universidade do Nordeste, na Rússia. 

Caso encontrem células vivas, os cientistas podem aumentar as chances de uma tentativa de clonar os mamutes. Os restos de mamutes já descobertos, que estão em museus e laboratórios não servem para a clonagem, já que suas amostras de DNA foram destruídas pelo tempo. Os cientistas precisam de uma amostra intacta de célula viva para poder completar o sequenciamento genético do animal e reproduzir as células. 

Os mamutes eram abundantes entre 45.000 e 30.000 anos atrás. Durante o pico da Era do Gelo, 25.000 anos atrás, as populações de mamutes da Sibéria aumentaram. A partir desse período, esses animais tiveram um longo declínio, enfrentando mudanças climáticas, de habitat e a presença humana. A maioria desapareceu por volta de 10.000 anos atrás e foram extintos definitivamente há 4.000 anos.

Um dos pesquisadores que tenta clonar o animal é o sul-coreano Hwang Woo-suk, que caiu em desgraça em 2005 após falsificar dados de sua pesquisa no campo da clonagem terapêutica.

Antes considerado um herói nacional na Coreia do Sul, Hwang  afirmou naquele ano ter obtido 11 células-tronco de embriões humanos a partir de 185 óvulos, e que tinha conseguido, pela primeira vez na história, clonar embriões humanos e extrair deles células-tronco. Mas as pesquisas haviam sido fraudadas. Em 2009, ele foi condenado por desvio de recursos destinados à pesquisa e pela compra ilegal de óvulos humanos que seriam usados em pesquisas. 

publicado por portucalia às 16:49

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